segunda-feira, 27 de novembro de 2017

CANTADA (DEPOIS DE TER VOCÊ)


Depois de muito tempo, eu achei um tema para criar polêmica no maravilhoso mundo dos bonecos e fiz um post para o meu blog que trata do assunto. Eu sei que disse que iria me afastar do maravilhoso mundo dos bonecos, mas esse barraco eu tinha que criar para ver quantos hits eu irei conseguir. Hahahaha. Infelizmente a polêmica é um tanto complicada para explicar para quem não é colecionador, então vou poupar o leitor e a mim o desnecessário trabalho.

16h02. Vi duas coisas curiosas ontem enquanto esperava os meus amigos para o show. Um pônei com cauda e crina rosas-choque e um menino pobre que tratava com brutalidade absurda outras crianças e mulheres amigas dele, distribuindo chutes, murros, estrangulamentos a torto e a direito. As vítimas sempre mais fracas que ele. Fiquei chocado, não só com a truculência do pequeno aspirante a delinquente quanto com a tranquilidade e passividade com que as vítimas aceitavam tais violências. Aceitavam como brincadeiras normais, cotidianas. Achei bizarro. Um universo de violência o que esses pobres iguais vivem. Com quem essa criança deve ter aprendido tal comportamento? Que tipo de adulto vai ser? Talvez um que não dure muito. Sei lá. Pela banalização de sua violência no seu círculo, imagino como deve ser em relação ao sexo. A educação no país está realmente falida. Mas sou alienado, não tenho gabarito para comentar sobre isso. Só me impressionei com as cenas.

16h48. A primeira música de “Utopia”, “Arisen My Senses”, é um tour de force do que é o álbum concentrado numa canção grandiosa e magnificamente produzida. Só serve ouvir alto para captar todos os nuances, o que não faço no momento, pois minha mãe dorme. É um disco que se encaixa perfeitamente em sua discografia. Adicionando algo novo, mas não se distanciando muito do seu estilo, exatamente como o Mario Odyssey faz com a franquia do Super Mario. Tem um sabor novo e ao mesmo tempo familiar. O bom é que sua voz continua a mesma.

17h16. Meu amigo da piscina quer eu desça hoje, mas esqueci de botar gelo para fazer ontem. Então não tem nem gelo para mim, que dirá para nós dois. Botei para fazer, mas não sei que horas vai ficar pronto, apertei a tecla de congelamento rápido, mas ela não congela tão rapidamente assim. Veremos. A verdade é que não estou muito a fim de descer.

17h40. Lembrei agora que terei que viajar. Que ozzy. Estou com um sentimento péssimo em relação a essa viagem. Isso é muito ruim. Não sei lidar com crianças, não sinto o afeto necessário pelos meus sobrinhos. Não sei por que isso. Só sei que se dá assim. Não gosto de ser tio. Nem um pouco. Ainda bem que não me escolheram como padrinho de nenhum, acho que nem poderia, pois não sou batizado e essa coisa de padrinho parece que tem algo de religioso, mas não tenho certeza. Fato é que não me escolheram para ser padrinho de ninguém, graças.

18h21. Fui entregar os cheques do meu tratamento dentário à mãe do meu amigo da piscina que, não por coincidência, é a minha dentista. Falei para ele que se o gelo ficasse pronto, eu dava um toque, mas, pelo que vi, não vai ficar pronto nem tão cedo. Engraçado, a namorada do meu amigo professor se confessou tão sedentária quanto eu, porém, eu comecei a andar ontem. Fui andando para o Parque Santana e só não voltei porque todos, inclusive eu, achamos arriscado me aventurar por local tão ermo. Amanhã (espero continuar com essa motivação) irei andando até o Açude. Estava ouvindo as músicas e lendo as letras do novo disco de Björk.

19h16. Acabei com o processo de ler todas as músicas e ler todas as letras. É um costume que tenho com todos os álbuns que gosto em inglês. Eu não sou tão fluente em inglês para entender o que Björk está cantando. E muitos outros cantores for that matter.

19h26. Minha mãe acabou minha festa sonora, dizendo que estava muito alto. Voltei à lista 6. E ela começou linda com a sempre citada aqui “Moonlight In Vermont” interpretada por Ella (Fitzgerald) & Louis (Armstrong). Emendou com Radiohead, “Climb Up The Walls”. Cometerei uma heresia para muitos, mas acho o “OK Computer” melhor que o “The Dark Side Of The Moon”. Mas vamos parar de falar de música. E é claro, o OK Computer marcou uma época da minha vida, isso conta bastante. Não só da minha, mas de boa parte da turma do meu primo urbano, pelo menos, e, ousaria dizer, da Turma das Ubaias. Não creio que meu amigo da piscina goste do disco, mas acho que até ele acabou ouvindo e deve reconhecer o que é. Falando nele, o gelo ainda não congelou. Vou esperar ele me contatar, se me contatar, para dar a triste notícia. Estou me sentindo agoniado, não sei o que é. O buraco na lajota do meu quarto está aumentando. E é logo em frente ao computador, acho que foram as rodinhas das cadeiras. Cadeiras no plural, pois essa é a terceira que uso esse ano. Ganhei uma da minha avó quando a outra quebrou, mas a cadeira também não aguentou o tranco. Aí peguei esta velha que estava no quarto de hóspedes (ou do meu padrasto) e ela está rangendo, mas aguentando o tranco até agora. Vamos ver quanto tempo mais resiste. Espero que muito! Uma exclamação é algo tão sui generis, eu as acho tão alegres, não sei por quê. E muito chamativas. Elas elevam o tom da frase, é muito curioso. Que invenção genial. A linguagem é fantástica, as possibilidades da linguagem escrita me fascinam, mas por algum motivo não me aventuro fora da minha seara. Fico oscilando entre o profundamente entediado e o babaca encantado pela garota da noite.

20h34. Minha mãe está falando com o meu irmão USA sobre a viagem e me chamou para conversar lá com vídeo, ver os meninos. Não consegui ficar muito tempo. Que ozzy. Espero me aclimatar rápido. Tanto ao clima quanto à gurizada. Não é impossível, só improvável. E ainda vão haver dois tios de minha cunhada lá. Ozzy, ozzy, ozzy para um ser antissocial como estou/sou. Me sinto fortemente angustiado com isso. Queria que me deixassem no meu canto escrevendo.

21h01. Jantei. Bem. Acho que vou me deitar e tentar dormir. Ou não. Vou fumar um cigarro, isso sim.

21h25. Parece que passou muito mais tempo desde o parágrafo anterior. Falei com minha cunhada pela vídeo-chamada. Não foi ruim. Mas não gosto de vídeo-chamadas.

22h05. A angústia em relação à viagem passou mais. Muito ozzy. Estou descobrindo aos poucos que há diferentes partes do meu corpo que me agradam serem massageadas, puxadas ou esticadas, como pés e face. É bom. Nunca fui muito de me tocar e me explorar sensorialmente. Mas já que não recebo carinho, eu tenho que me dar um pouco de carinho. Acho que partem dessa falta as descobertas. Quem sabe um dia não crie coragem e me submeta a uma massagem profissional? Todos que se submeteram fizeram propaganda para mim. Aliás, todas, acho que só ouvi isso de mulheres. Não lembro. E não ouvi muitas vezes assim, para ser sincero. Mas se ouvi não foi porque trouxe o assunto à baila, logo foi uma experiência tão marcante para a pessoa que mereceu menção em nossa conversa. 22h52! Dessa o tempo passou voando. Nem lembro o que fiz, estava perdido pela internet eu acho.

23h47. Cometi um ato de humilhação pública para agradar a garota da noite. Veja. Se for capaz. Hahahahahaha.






0h10. Tenho que bolar um texto agora para acompanhar. Acho que colocarei: Para não dizer que faltou cantada, abaixo vai a melhor que eu conheço. Dia 27, meu número da sorte! Vamos ver o que acontece. É liberado rir descontroladamente da minha cara durante o vídeo. Hahaha. Beijo e se cuide.

É isso. Vou publicar e mandar o vídeo para ela.  

0h18. Perdi a coragem. Baita papel de palhaço eu vou fazer. Como queria uma segunda opinião, mas não tenho a quem perguntar.

0h24. Vou mandar essa coisa. O máximo que pode acontecer é ela me bloquear como amigo. Clima ruim já está. Não pode ficar pior, eu creio. Não queria esse clima ruim, sabe? Queria algo mais leve, solto e espontâneo.

1h37. Publiquei e me perdi do YouTube. Morri de vergonha depois de ter feito, mas já estava feito. É a vida. Hahahaha. Para não ficar tão ruim, publiquei também o Adriana Calcanhotto e Maria Bethânia cantando.

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