quinta-feira, 7 de setembro de 2017

COMEÇANDO DO CAPS. CLIPES!



11h16. Participei do grupo de arteterapia. Não estava muito inspirado. Estou sem cérebro, sonolento, mas postarei abaixo o que produzi. A estória foi muito boba e repetitiva, mas o mote foi bom, “quem sou eu?” Me lembrei logo da minha camisa do Sai Dessa Nóia desse ano, na qual eu pintei, “Quem eu serei?” Bom, eis o produzido.





11:23. Como disse, nada inspirado. Entretanto, foi o possível para a minha alma hoje. A ida à Alemanha me vem à cabeça e me traz certa ansiedade, mas não muita como em outros tempos. Acho que estou entrando finalmente no “modo viagem”. Se buscar dentro de mim, tudo o que me perturbava ainda está lá, aqui, mas de forma diminuída, como se antes eu olhasse para esse conteúdo de binóculos e hoje particularmente enxergo a olhos nus ou além, com o binóculo invertido, vendo as coisas menores do que elas são para mim. Não sei realmente qual a dimensão da viagem para mim nesse exato momento. Sei que, como a terapeuta falou, ela terá um começo, um meio e, principalmente, um fim. Fim. Essa palavra é tão evocativa. Quando será o meu fim? Será que eu tenho fim, como espero que tenha, ou subsistirei à morte? Só acredito nisso se for fundido à Singularidade Tecnológica. Não acredito em nada sobrenatural a não ser a tecnologia que, embora arraigada no real, natural, será, quando da Singularidade, gerada por algo que está além do natural. Nem sei o que escrevi agora, acho que não faz o menor sentido. Hahahaha. Estou quase cochilando. Ainda estou com a impressão de tragédia em relação ao Hulk. Por parte da minha mãe, digo. A Red Sonja vai entrar em pre-order amanhã. Espero que não apliquem no preço. Queria encontrar com o meu amigo cineasta. E as meninas. Sou um assexuado, que ozzy. Por que acho que uma vida sexualmente ativa seria mais ozzy ainda? Não sei, sexo me traz estresse e ansiedade por me cobrar um desempenho espetacular, que, hoje em dia não consigo proporcionar, a ter como exemplo minhas duas últimas tentativas. Não vejo sexo como uma safadezasinha feita em comum interesse, em conjunto com outra pessoa, vejo como uma responsabilidade, uma obrigação de mostrar minha hombridade e satisfazer completamente a parceira. Gostaria de voltar a ver como uma brincadeira entre adultos, que acho que é como as pessoas não complexadas devem enxergar, por isso achá-lo tão natural e salutar. Não veem com a cobrança de um desempenho definitivo numa relação e que surge cada vez mais cedo nas relações contemporâneas. Às vezes eu acho que acho sexo algo muito primitivo, pode uma doideira dessas?

12h22. Fui fumar um cigarro e quando voltei o almoço estava sendo posto. Parece que esse estado de torpor em que me encontro me faz acessar coisas mais profundas e confusas de mim. O que poderia trazer mais? O medo do sexo advindo da minha cobrança em relação ao meu desempenho se estende e se amplia para um medo de qualquer relacionamento afetivo, pois em minha cabeça todos descambarão inevitável e rapidamente para o sexo, visto que as garotas têm vida sexual ativa e esperam essa parte de uma relação. Como devem gostar de fazer sexo, irão querer ter essa parte satisfeita e eu não me sinto preparado para atendê-las. Aliás, me sinto incapaz de fazer sexo a contento a julgar pelas minhas duas últimas experiências que me comprovaram a minha inépcia. Queria um amor assexuado até que me sentisse à vontade o suficiente para tentar e cuja a intimidade fosse tal e a relação tão forte que se eu falhasse nas primeiras tentativas, houvesse tolerância, acolhimento e compreensão até eu acertar. Uma vez conseguindo, acho que pegaria o embalo, podendo falhar aqui e ali e isso não ser visto como impedimento para o nosso amor. Que não houvesse um desgaste na relação por causa de eu ser um ser sexualmente falho, como o sou em todo o resto. Como acredito que todos sejam cheios de falhas, só que as minhas me são mais aparentes e gritantes, visto que são minhas e estão bem ao alcance dos meus olhos, da minha percepção, que é hipercrítica. Ainda tem isso, essa parte que exige demais de mim e que nunca consigo satisfazer. E já me encheu tanto o saco que parei de tentar satisfazer. Por isso me isolo de suas cobranças, que não reconheço mais como minhas, mas projeções das cobranças da sociedade, em especial da minha mãe. Minha mãe tem e não tem muita culpa pelo que sou hoje. Mas é injusto culpar a ela apenas e negar a ascendência pesada e cortante do meu pai sobre a minha formação. Nossa, como estou analista hoje. Hahahaha. Vou fumar um cigarro.

13h19. O grupo está para começar. Até que produzi bastante nesse pouco tempo. E pelo celular. Acho que já escolhi a imagem do grupo de hoje, uma corredora vitoriosa, a minha completa antítese. Hahahaha. Vou parar por aqui. Digito mais em casa.

13h30. O grupo está demorando mais do que o normal para começar. Será que escolherei a imagem que disse mesmo ou outra irá me chamar mais a atenção? Veremos. Talvez possa levar a produção para casa. Senão tenho que lembrar de tirar uma foto.

20h11. Mamãe está no shopping, meu padrasto está na sala vendo TV. Eu estou no quarto depois de dar uma passada pelo Desabafos do Vate. Björk é muito foda. Me perdoe o palavreado, mas estou ouvindo “Vulnicura” no meu som alto. Botei o “Volta” que tenho como um disco menor, mas me deu vontade de ouvir. “Biophilia” pode ter sido a maior obra-prima dela como artista multimídia, mas musicalmente, eu acho “Medúlla”. E se eu fosse escolher a música mais emblemática de Björk, sua melhor música, acho que escolheria Pagan Poetry. Eu fiz até um clipe caseiro dela olha aí:





20h27. Do que falarei agora? Será que consegui localizar o vídeo do clipe? Mamãe deve estar para chegar a qualquer momento, a não ser que tenha ido também cortar o cabelo. Me dá vontade de postar esse texto logo. Não sei para que a agonia. Ah, o que fiz no grupo AD de hoje. Foi um postal no estilo de colagens criativas. Escolhi o bailarino negro dançando nu na rua, por ele ter todas as capacidades que não tenho: a graça da dança, o belo corpo, que eu gostaria de (ter não muito muscular), e pela coragem de expor a sua nudez. Por outro lado, nós dois temos amor pelos nossos ofícios, ele por fazer tal performance, eu por me dedicar com prazer e esforçada desenvoltura por essas palavras. Acho que ambos amamos o que fazemos. Ele não tem a mesma neurose com o corpo que eu tenho. Talvez tenha com o fato de ser negro, sei lá, mas ele me transpareceu estar de bem do seu corpo de forma geral, me pareceu confiante o suficiente apesar e além da cor da sua pele. E ele já é mais jovem que eu. Ou melhor dizendo, eu sou mais velho que ele, talvez bem mais velho. Isso me incomoda deveras, pois não me sinto tão velho assim, no entanto o tempo não para de passar em velocidade cada vez maior. Anos se passam com um punhado de meses. Semanas se vão com poucos dias. Dias acabam rapidamente. Já são 20h41. Ao lado do dançarino nu e belo eu coloquei a imagem de três caixas, uma azul, uma verde e uma vermelha. A verde é o Desabafos do Vate, o meu blog secreto, por isso só aparece uma pontinha dele, mas não o seu interior. Os outros dois seriam o meu blog de bonecos caixona vermelha, por ter mais leitores e a caixa azul, que se mostra quase toda é este aqui, o Profeta. Pronto. Essa foi a minha criação. As imagens que mais me chamaram numa vista rápida. Uma me desperta inveja (bailarino) a outra é um autorretrato praticamente. De como a junção desses três blogs dá uma ideia bem compreensiva de quem sou. Especialmente o Profeta, que é onde me digo mais e trato de mais temas, onde exploro mais recônditos da minha alma e do meu cotidiano. Tem um clipe dos Strokes, de “On The Other Side que eu fiz, mas não consigo postar aqui, pois não consigo localizá-lo nem botando o nome que dei ao vídeo, tentei postar no Desabafos do Vate, mas não consegui. Quem sabe aqui não dê mais sorte. É simplesmente ridículo! Hahahahaaha. 20h59. Primeiro o cartão do grupo AD. Depois o clipe, se conseguir.










21h07. Escaneei as imagens para pôr aqui. Acho que vou desenhar no Corel para pintar no Photoshop. Fiz só no Corel. Tive preguiça do Photoshop. E o do Corel foi bem preguiçoso também, mas serviu para eu me lembrar de alguns comandos. Eis aí o produto. 21h39. Vou revisar e postar, eu acho. Se não me surgir mais anda quando acabar de revisar.





21h51. Acabei de revisar, mal e porcamente. Não estou lá com essas concentrações todas hoje, dormi pouco. Dormirei muito de hoje para a amanhã. Me deu vontade de falar da Singularidade. Ou da Suprainteligência Universal. Mudei de ideia. Quero jogar Super Mario Galaxy. Não, não quero. Está em duas fases muito chatas. Está me batendo fome. Eita parágrafo inútil. Mas nem sempre o cara tem um dilema existencial ou um assunto importante para dizer, né não? Estou curtindo a vida, colocando as palavras aqui. Queria ouvir “Uma Palavra” de Chico Buraque. Sempre me enleva o espírito de escritor e me motiva a seguir adiante pois a minha palavra vem do “coração do pensamento, palavra”.


22h05. Não consegui achar no Spotifi, não tem. Que pena. Ah, mas tem no media player. Tem no meu HD. “Feita mais de luz do que de vento, palavra”. Achei. Não a versão que eu queria, mas que vale mesmo assim. Botei o novo dele no Spotify. Quero botar “Abraçaço” de Caetano. Já está na agulha. Poderia ouvir “Recanto” de Gal, talvez seja melhor. Chico agora me lembrou o Rio de Janeiro. Tenho uma relação de amor e encantamento com a cidade e com os seus habitantes, mas parece que a violência anda solta lá, que a cidade está falida. Quando se erguer, pois tudo são ciclos, quem sabe não apareça por lá? “A Moça do Sonho” é lindíssima. Só me remete a Aurora, pois trata de uma paixão platônica, na minha interpretação. Acho que ela é de “Cambaio” e ele regravou. Nunca tinha prestado atenção na letra da canção em “Cambaio” porque era interpretada por Edu Lobo. Mas é desde já a mais linda de “Cambaio”. Edu escolheu bem. Vou ouvir Caê. “A Bossa Nova É Foda” rolando. Discão também. As letras são massa. A melodia também, embora um pouco ocultada pelo arranjo pouco ortodoxo, que gosto, gosto bastante. Caetano é um cara que ousa, Chico não ousa ou quando ousa é muito pouco em termos de estrutura melódica e arranjos. Ele está ousando mais nas interpretações, eu acho. Está mais leve consigo. Isso se traduz nas letras também. Do que estou falando? Como se conhecesse profundamente a discografia dos dois artistas. Hahahahahaha. Patético. É a falta de assunto, gente. Minha mãe chegou e comprou uma bermuda para mim, mas preciso perder uns quatro ou cinco quilos para que ela caiba confortavelmente. É possível. Ela comprou para atrapalhar esse intuito Bono de chocolate e uma barra de Hershey’s. Vou postar isso só amanhã. 

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