quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Foda

DESAFIO ESCRITO IV – FODA
Participantes: Pablo Bitu, A lontra Rocha e Boto de Gatas)
Este tema foi sugerido pelo lontra.




Uma palavra que me aterroriza tanto quanto seduz. Medo e desejo de foder. Fodi tão pouco para o tanto de vida que me é. A insegurança é enorme, inversamente proporcional ao tamanho do meu pau. Sou muito melhor de carinho do que de foder. Talvez adore até mais carinho que foda. Sinto mais falta de carinho do que de foda. Os carinhos nus que levam à foda. De cheirar, alisar, lamber, beijar, abraçar apertado, de calor, de conversar ao pé do ouvido, de selinho, de mamilos, seios, umbigo, pele, pele, pele, coxas, xoxota, cheiro de xoxota. Realmente a foda é inescapável, indissociável do bicho sensual, filho de cultura sexual que sou. Mesmo eu que adoro os carinhos nus e tentei acreditar que eles bastassem descambei em palavras e idéias para dentro, para o calor molhado da foda. É tão mais fácil foder em imaginação que em realidade. A Terra deu mais de três voltas desde a minha última foda. E não foi muito boa, tudo o que a cercava já estava desmoronando por causa do meu abrigo de ilusões. Sinceramente acho que não sei mais foder. Não acho que foder seja que nem andar de bicicleta. Para complicar as coisas, nunca fodi por foder, nunca comi puta, embora tenha tentado. Uma até me disse que eu precisava era de uma namorada. E estava certa. Só fodi namoradas, amores, paixões. Só rompo a barreira da timidez e tento minha parca sedução se estiver embasbacadamente encantado por alguém (um pouco de cerveja ajuda). E ainda assim minto, pois nunca fiz isso, todas as minhas namoradas foram conquistadas com tempo, muita conversa e intimidade prévia de um convívio freqüente (o que não acontece em baladas e outros “points de pegação”).

Confesso que ao somar todas as palavras deste texto um certo desespero me domina pois não tenho mais em minha vida garotas com quem conviva com freqüência para me encantar e namorar, nem sei me fazer de caçador de baladas, tampouco me interesso por fodas causais, o ato pelo ato, tudo apressado e descartável. Foder é bom com calma e carinho. Com intimidade é perfeito. Ser do jeito que sou é (pouca) foda!
Boto de Gatas

P.S.: Só agora me dei conta do óbvio – sexo e relações afetivas dependem da auto-estima e da auto-confiança como o corpo depende de ar. Por isso sofro dependendo do que não tenho. Não tenho ainda. Ainda! Afinal, acredito cada dia mais no meu novo mantra: eu sou mais eu e cola nunca mais!!

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Sexo sem amor é foda. E é bom. Delicia quando a bixa fica ardendo. Sem silicone. Natural. Peito caído. Camisinha atrapalha, mas se faz necessário nos dias de hoje. Não só pelas doenças ou pela gravidez indesejada. Precisamos cobrir o palhaço para não nos apegarmos à fêmea. Para que a foda não vire amor. A distância é necessária. O amor é um grande vilão para quem quer uma boa foda. Sem invenção, somente a carnificina, a terceira guerra mundial dentro de 4 paredes. Bilola no ouvido, vai ouvir (e sentir) porra. Sabotagem. Auto-sabotagem. Isso que a foda é. Não se apegar, amor vagabundo, é o que não tem sofrimento. Só não espere colo, carinho, isso jamais. Isso não tem nada a ver com foda. Hoje em dia podemos tecer teias de relacionamentos e construir uma rede de fodas. E com os chats, a internet, o velho orfuck, facefuck cada dia fica mais fácil essa realidade. Não é preciso criar uma dependência física com a pessoa. Isso é foda. Somos seres humanos, precisamos um do outro. Logo, a foda não pode ser virtual, tem que ser real. É preciso da carne pra ser foda.

Pablo Bitu

XXXXX

Passei 11 meses na orgia entre linhas e fodas.
Me fodi todo,
Fiquei aqui 62 dias foi FODA!!!!!
Sai de alta terapêutica foram varias fodas
Recai, foi FODA, com algumas fodas!!!!!!
 Voltei pra cá, ta muito foda!!!!!
Porra to fudido, querendo fuder!!!!!

A Lontra Rocha

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