domingo, 2 de setembro de 2018

2 POSTS EM 1 - VIAGEM, CONFUSO


POST 1



A experiência cibernética é altamente personalizável “customizável” quem decide aonde quer ir, que conteúdo quer experimentar, há vários, como são várias as pessoas, nós, construindo e alimentando essa rede de dados, é o usuário. Quase todo mundo ou tem ou terá smartphone muito em breve e, com ele, acesso cada vez mais irrestrito à internet, ao seu conteúdo e ferramentas produtivas. Futuramente toda a internet se reformatará instantaneamente para melhor visualização no formato do celular. Vejo com algo brega e ao mesmo tempo nobre e prova de corajosa de auto-estima alguém coroa querer utilizar aparelho e corrigir a dentição. Não tenho tal nobreza ou bravura, entretanto.

20h57. Queria me lembrar tudo o que meu amigo da piscina me narrou. Capacete resistente a fuzil com proteção nos olhos de kevlar com visão noturna e de temperatura à venda na internet. Cara derrama alumínio derretido dentro de formigueiros e vende a estrutura de metal resultante como obra de arte. Um tecido que se regenera feito de nano partículas sei lá de quê. Se houver interesse das ricaças por tecido tão exorbitantemente caro seria o bicho para financiar o desenvolvimento e popularização do material, tal interesse, que ocorreria se um designer de moda muito famoso desenhasse um vestido exclusivo e este fosse leiloado por um valor exorbitante tendo como diferencial ser o mais antigo vestido feito por esse material, visto que o tempo de vida da peça é virtualmente infinito. Outros se seguiriam a cada ano, de outros designers, por preços menores para financiar as pesquisas a fim de diminuir os custos de produção e ir expandindo a popularidade da invenção. Uma máquina de lavar de plástico com capacidade para cinco peças de roupa movida a pedal, como aqueles usados em antigas máquinas de costura. Lapada de cana: um bêbado num bar pede uma lapada de cana e é agredido com uma tora de cana de açúcar que se esmigalha em suas costas e ele não derruba o copo de cana, esse tipo de estabilização através do avanço inteligente do uso de giroscóspios é possível, mas segundo o... eu vi uma esquizofrênica ou uma pessoa em forte surto de mania se manifestar num vídeo e tecer uma teoria da realidade muito concreta e alternativa à nossa, mas que não fazia sentido algum para quem ouvia. Era uma jovem que seria considerada doente pelos psiquiatras talvez, mas se é uma pessoa que consegue viver em sociedade sem causar nenhum problema e talvez ainda ser produtiva, ou pelo menos sustentada pela família, não causar ônus ao erário público ou ao próximo, não vejo problema. Ela não parecia estar em sofrimento.  A invenções estão no site Brains Is The New Sexy coloca no Google, se tiver interesse, foi a dica do meu amigo. 22h12. Ele se foi. Eu vi uma bicicleta inteligente que conseguia manter seu centro de equilíbrio e andar inteligentemente através das pessoas e trânsito, até levando pessoas, automaticamente calculando a massa acrescida no balanceamento assim como o aumento da produção de força preciso para levar da forma mais economicamente viável o passageiro, de forma a aumentar a sua autonomia ao máximo. Até aí eu acredito que inventaram. Mas uma bicicleta capaz de sair do seu centro de gravidade, não cair e voltar à sua posição vertical, eu não creio, para mim é quebrar as leis da física, acredito que precise ser exercida igual força no sentido contrário para que isso não aconteça ou que o centro de massa mude e não acredito que nenhuma das duas coisas ocorram pelo que assisti. Quando a mudança para uma frota inteiramente elétrica for adotada internacionalmente em 2040, inclusive a brasileira, signatário do acordo, segundo o meu amigo da piscina, a Petrobrás vai falir, assim como muitas outras industrias petrolíferas, se isso for verdade, pois vai muito além das minhas expectativas, não consigo acreditar por causa do poderoso lobby do petróleo, o poder monetário que exerce sobre o mundo é muito grande e a alma humana ainda muito pequena. Mas se acontecesse seria uma situação ganha-ganha para todo mundo. Talvez no Brasil os carros elétricos venham de fábrica recobertos de painéis solares que substituiriam a pintura, através de tecnologia desenvolvida no Brasil, incentivada pelo militarista governo de Bolsonaro, que em teoria investiria na militarização do país, o que significa alimentar a indústria bélica da qual respingam descobertas úteis para o bem comum, cuja patente é vendida para outras empresas usarem, de outros nichos, e que acabam beneficiando e fazendo desenvolver a tecnologia que chega ao cidadão. É muito bom. Mas melhor seria que essa ciência toda fosse investida diretamente no bem comum, não em aumentar o poder coercitivo interno e externo de uma nação. O “bolsonarismo” prega a militarização completamente vascularizada, de um cidadão contra o outro. Contra os demais. As pessoas carregando objetos inventados para matar, no mínimo para ferir gravemente uma pessoa? Para que isso, para depois lançarem a moda de usar colete antibalas? Começariam pelas crianças ou filhos. Você vai deixar sua criança andar por lugares público cheio de gente armada desprotegido? Compre colete e quiçá capacete para ele. O que não entendo é porque aqui o número de homicídios é maior que nos Estados Unidos se temos menos armas. Há realmente uma falha na segurança pública e nas oportunidades de trabalho e de educação para a maior parcela da população, de levar isso a eles. Se eu fosse presidente eu botaria como meta acabar com o analfabetismo e o analfabetismo tecnológico. Daria um bolsa educação a cada um que passasse pelo que necessitava. Eu daria um smartphone a todo e qualquer cidadão que não tivesse, porque é o computador do futuro, manuseá-lo e saber extrair tudo o que puder dele seria o foco da minha inclusão digital. Pois tenho o plano de instaurar a democracia de fato e a segurança de fato através da internet e dos dispositivos do smartphone. O governo saberá sua localização e todos os dado trocados pelo seu aparelho e uma inteligência artificial vasculhará os dados incluindo áudio e vídeo quando for ativado o botão de alerta, que todo celular brasileiro teria para a pessoa apertar quando se sentir insegura ou quiser fazer alguma denúncia. Qualquer denúncia de corrupção seria recompensada e o corruptor e os corrompidos punidos, em caso de serem membros do estado isso significaria demissão sumária, prisão e devolução dos proventos ilegais ao erário público. Aliás, não haverá privacidade alguma, mas o celular será uma arma que não fere e protege o cidadão que poderá reportar um buraco na sua rua através dele, ajudar a aperfeiçoar os serviços do estado e cobrar os seus direitos. Os direitos à educação e capacitação; alimentação; acomodação (albergues para os sem teto); saúde; segurança e questões de infraestrutura pública seriam erradicadas. Para receber comida em não se estando empregado e o teto para dormir, as pessoas teriam que estar em dia com a sua caderneta cibernética de participação nas aulas de capacitação, ou no grau de educação que quiserem cursar na área em que lhes interessar, poderiam seguir a carreira de pesquisador também se especializando mais e mais em uma área do conhecimento, sei lá. Entrei na ficção completamente. Todos com smartphone na mão sabendo ler, de preferência inglês também, com comida na barriga, segurança, desburocratizado, saúde, teto esse era o início do meu sonho para o Brasil. Transparência digital completa para a inteligência de segurança e tesouro nacionais, gerenciadas ambas por uma inteligência artificial. Economia, dirigida por uma inteligência artificial num futuro um pouco mais distante. O mundo, gerenciado por uma inteligência artificial global, isso seria próximo ou muito próximo da Singularidade. Com cada cidadão com a possibilidade de ser conectado a ela pelo que houver de mais barato e imersivo à época. Como já imergimos hoje em videogames, telas de computador e smartphones. Vou subir. Aconteceu algo que requer a internet, a Coca acabou. Vou fumar só mais um cigarro que é tudo o que me resta na carteira que trouxe aqui para baixo. Hora de voltar para o meu quarto-ilha, botar uma Björk e escrever tomando Coca-Cola com gelo.

0h08. Cheguei ao quarto-ilha, já tomei uma coca gelada com cigarro, já tenho outro copo aqui, preciso fazer duas coisas, uma off-line e a outra online para poder voltar para cá. Já havia feito a off-line e não lembrava. Vamos à online.

0h20. Tudo resolvido. Quase tudo. O bloqueio contra a minha pessoa no perfil de Facebook que uso para entrar no maravilhoso dos bonecos ainda resiste, bloqueio este criado pela postagem da foto da boneca que acabo de vender e que fui resolver, que tem os seios e outras partes mais íntimas de fora (até por isso achei vulgar demais para figurar na minha coleção, não quero nudez na minha coleção, mas sensualidade e beleza não podem faltar). Tal imagem caiu nos conceitos de nudez do Facebook e recebi o bloqueio como punição. Já havia recebido um no começo da semana por outra boneca que coloquei para vender com os seios de fora e divulguei no Facebook. Poderia pleitear que as bonecas são criações artísticas, não pornografia, mas acho que de nada adiantaria. Não quero pensar em bonecos agora. Quero comprar mais um boneco com os fundos que adquirirei com o eBay e daí entro num hiato. Cheguei em casa, no meu cantinho e perdi a vontade de escrever, terei tanto o que ajeitar no texto acima. Tanto o que completar que isso até me intimida. Meu amigo me deu uma lição da história como teve acesso a ela e que destoa, pelo que ele disse, pois juro que não me lembro direito dos livros de história e não sei se me foi ensinado que os bandeirantes dizimaram os índios, não lembro. Chutei que os bandeirantes eram desbravadores brasileiros, que queriam ampliar as fronteiras do país, mas nem disso tenho certeza. De qualquer forma a história que meu amigo ouviu e que não explica quem dizimou a população indígena do Brasil, foi diferente. E me contou casos outros que não me recordo.

1h00. O tempo passa, o tempo voa. Me alimentei e fumei um cigarro. Penso mais no aqui e agora, mas vez por outras vem imagens dos vídeos de Brain Is The New Sexy. Penso também na Azure Dragon e no bloqueio do Facebook.

1h08. Fui dar uma olhada no Facebook de bonecos agora, mesmo sendo apenas como observador que é tudo o que posso ser no momento. E pelas próximas quatro horas. Quando acordar não mais estarei bloqueado e comentar lá sempre me entretém. Vi A Múmia com Tom Cruise ontem, é um filme ruim, mas assisti até o final. Estou pensando em ver Mother!. O pensamento acho que não vai passar disso. A vontade de agir me falta. Vou pensar. Mais.

1h18. Penso sobre a reforma do meu quarto. Qual será a solução para a disposição de bonecos no meu quarto? Tenho ideias e preferências.

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14h20. Não estou num bom humor, pois acabei de acordar e assimilar e me aclimatar à minha realidade leva um tempo para mim. O que fazer primeiro? Acho que vou revisar e colocar no ar o post antigo.

14h32. Fui fumar mais um cigarro com Coca gelada. O meu amigo da piscina é uma fonte de informação formidável, ele reparte sua experiência cibernética personalizada comigo (que é muito mais rica que a minha) e alimenta a minha alma com o novo. Talvez para alguns a dieta seja um pouco duvidosa, mas devo dizer que tenho as minhas crenças em relação às coisas do mundo e o que me é repartido não é aceito cegamente e sem questionamento. É certo que guardo a maioria dos questionamentos para mim mesmo, às vezes alguns me escapolem pela boca. Mas acho que não ofendo por discordar ou não crer no que me é apresentado. O mais interessante é que tudo o que ele me mostra, que não sei como acha, é bastante curioso e desperta o meu interesse. Acho que vou complementar esse post e ver se é válido realmente para publicação.

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POST 2



20h17. Estava na cozinha do meu amigo assistindo a decisão de ilegibilidade de Lula. Entendi e posso ter entendido errado, que Lula não poderia aparecer ou ser citado na campanha de nenhum candidato. Certamente entendi errado, não pode haver tal censura isso só deixaria claro o golpe político do judiciário sobre o executivo. Caso as investigações não abranjam todos os políticos do congresso. Caso eu fosse presidente do Brasil como me sentiria por dentro? Que sensação me daria? Será que eu sentiria o poder? Meu Deus, e passar por todas as cerimônias internacionais, coisa na ONU. Porra, ia ser massa, eu acho. Ter todo esse poder em mãos. A capacidade de moldar, melhorar a sociedade, tentar combater a corrupção. Dar pelo menos teto e comida para todos e oportunidade para crescer não apenas economicamente, mas como pessoa. Através da educação, cursos profissionalizantes. Investiria em beleza com funcionalidade, onde me fosse possível. Eu acredito que o home care, para os tratamentos que requeressem internação, serio feito na casa do paciente e os devidos equipamentos levados, seria uma economia para o estado pois não precisaria construir a ala ambulatorial do hospital ou esta seria muito menor. Haveria uma uma central em cada bairro. O que minha mãe vai achar quando e se eu romper com qualquer contato social, excetuando-se Ju? Ela e meu padrasto, claro. Mas excetuando-se isso. Me recolher à reclusão. Só ter contatos superficiais, como as atendentes da pizzaria, o porteiro. Por falar nisso, o porteiro que estava aqui quando cheguei disse que viu o policial andando com a moto roubada de um amigo. O amigo disse que não deu queixa porque o policial ameaçou matar a ele e a família se o fizesse. Realmente, como ter esperança diante de um quadro social desse, vivenciando fatos dessa natureza? Ele vai às favelas atrás de sexo mais barato, eu suponho. Eu poderia agenciar putas da periferia para locais mais nobres, equiparia elas com celular uma roupa legal, um salão de beleza, um kit de maquiagem, sei lá, teste de HIV e doenças venéreas, as obrigava a só transar de camisinha e depois elas me pagariam em parcelas tudo o que investi nelas. Pegaria as meninas mais interessantes, claro. Não, mas isso seria roubar de pessoas como o meu porteiro a oportunidade de desfrutar de tais meninas. Sei lá. Sei que sou abençoado de morar onde moro e viver onde eu vivo e me acostumei com essa vida, não queria mudar daqui. Pensei em gravar um vídeo para divulgar meu blog no YouTube. Estou me sentindo só, mas não quero encontrar ninguém. Não quero subir para o apartamento. Não agora. Agora quero me deixar na piscina. Tenho apenas um cigarro e Coca quente. Lá em cima não poderia escrever fumando. Nem estaria neste ambiente agradável da piscina, meu santuário bucólico em meio à selva de concreto, asfalto e azulejos que me rodeia. Tendo o céu como teto. Ouvindo a cidade acontecendo calma e serena ao meu redor, pois já são 21h29. Penso em trocar tudo isso pelo meu quarto-ilha após o cigarro que acenderei. Pensei agora sobre o vídeo que penso em fazer para o YouTube. E me divirto. Mas tem que ser espontâneo. Não posso pensar no que vou dizer.

21h39. Fumei um cigarro, levei meu pensamento, aliás, ele foi-se sem guia até chegar ao poço de felicidade da minha alma, na minha maior fantasia e me deleitei com ela. A minha segunda maior fantasia? Ter o meu quarto redesenhado e todos os meus bonecos expostos, inclusive o Azure Dragon. Isso é possível. Então seria o meu maior desejo. O que não sei se é fantasia ou desejo é ter meu livro publicado por uma editora por intermédio do meu tio. Preciso acabar de revisar a revisão do livro. Já estou na metade. Não sei se tenho coragem, entretanto. A conversa com a minha amiga diretora seria um desafio que não sei se quero enfrentar. 21h49. Vou subir.

22h04. Já estou no meu quarto-ilha.  

23h55. Resolvi fazer o vídeo. Coloquei as palavras-chave mais chamativas que pude encontrar. Só consegui editar no vagabundo editor do Windows. Ficou deprimente.

0h58. Fiz outro, tão ou mais deprimente. Vai ficar esse mesmo que não tenho muito o que fazer não. Coloquei marcadores chamativos para ver se atraía mais público. Hahaha. Meu deus, será que terei coragem de manter no ar? Está sendo carregado (loaded) para a humanidade, que assiste muito mais YouTube do que lê blogs, na minha opinião, acessar. Acho que vou comer.

1h15. Que posso eu dizer? Não comi de verdade, peguei duas mãos cheias de Torcida e foi tudo. Enchi as caçambas para amanhã ter gelo. Me sinto para baixo.

1h39. Estou sem saber do sentido da minha vida no momento. Não quero dormir, não quero fazer nada. Acho que vou navegar no maravilhoso mundo dos bonecos.

1h58. Eu realmente não sei o que fazer, nem para o maravilhoso mundo dos bonecos eu tenho disposição. Acho que vou fumar um cigarro e ir dormir.

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16h24. Os remédios têm sim uma ação no meu organismo, esqueci de tomar antes de dormir e passei até as 5h30 rolando na cama para conseguir dormir. Foi um saco. Não estou com um ânimo muito bom, esse dia não parece que vai ser divertido de viver. Não quero fazer nada como ontem quando aqui no quarto-ilha cheguei. Não tenho interesse por nada.

17h23. Fui fumar um cigarro com o meu amigo da piscina, guardei os pratos e preciso de uma música. Vou fumar um cigarro antes.

17h32. Minha propaganda do YouTube não foi muito bem-sucedida, uma visualização até agora. Hahaha. Menos mal, não sofro humilhação pública maior que a passada aqui. Coloquei Virus de Björk para ouvir. Já estou com vontade de fumar outro cigarro, tirei do meu campo de visão para não ficar me instigando. O show de Caetano se aproxima e com ele a minha tentativa de entrevista com o grande. Outro sonho que não se realizará. Mas a tentativa já me proporciona a dose de variedade e excitação que interessam ao meu cotidiano. Já imprimi as cartas, só não imprimi o ingresso ainda. Hahaha. Nem lembro onde salvei, mas hei de achar quando a vontade para isso se fizer. Há uns três posts não menciono a portuguesinha. Acho que porque navego por essas escuras águas do meu íntimo. Não há uma explicação lógica para o meu baixo-astral. Ju não me respondeu a respeito do almoço. Acho que ficará para daqui a quinze dias. Ainda bem, já perdi a coragem para tal empreitada. Preciso resgatá-la na terapia. Sobre a portuguesinha que posso eu dizer? Não recebi nenhuma mensagem dela desde que entrei nessa fase negra e entendo porque. Assusta, espanta. Estou com a concentração pífia, queria estar um pouco mais conectado com o texto e comigo. Vendo filmes de pornografia para saciar minhas necessidades fisiológicas percebo o quão desinteressado eu estou do coito. Para mim é como um exercício aeróbico para o qual não estou fisicamente preparado. E ver os tamanhos dos pênis dos atores sempre me faz sentir literalmente menor. Hahaha. Tenho vergonha da minha nudez e da minha falta de preparo físico. Tenho vergonha do tamanho do meu pênis acima de tudo.

17h59. Me perdi pelo maravilhoso mundo dos bonecos e voltar aqui e constatar que terminei o parágrafo anterior lamentando o meu pênis me deixou constrangido e me fez sentir mal-agradecido, visto que tenho um pênis funcional. Meu problema é só dentro da minha cabeça. E eu não tenho ímpeto para mudar nada. Estagnação total e plena. Vou lá fumar outro cigarro.

18h19. Quando retornei para o meu quarto-ilha senti-me estranho, desanimado. Army Of Me, versão Sucker Punch, passando. Acho que se nada mais restar que me anime, eu vou revisar a revisão do maldito livro. Pouco resta que me anime. Talvez um encontro com o meu amigo da piscina mais tarde. Não sei e nem tenho disposição para saber. O desinteresse e o desânimo me consomem. Meu amigo da piscina acabou de me ligar me chamando para ir ao apartamento da sua mãe, trocar uma ideia, fazer algo diferente disso daqui.

18h44. Pedi um prazo de 40 minutos para aparecer lá. Não sei se leve o computador. Gostaria de gravar um vídeo do meu amigo defendendo Bolsonaro. Seria uma atividade divertida para ambos, eu imagino. E poderia, em se havendo internet, mostrar como funciona o eBay, que ele tanto queria aprender. Não sei se leve. Acho que não. Se quiser escrever alguma coisa, tenho o meu celular. É, acho que não levarei. Não sei se mostre o vídeo que fiz para divulgar o blog. Gostaria de saber a impressão dele. É o único para quem ousaria repartir tão deprimente recorte da minha vida. Fiquei puto porque o Adobe Premiere não exporta vídeos. É o único que sei mexer um pouco. Daria para fazer umas coisas legais nele, é quase um Photoshop para vídeo, embora o Photoshop para vídeos seja mesmo o After Effects.

1h10. Tenho meu amigo da piscina aqui jogando Call of Juarez ao meu lado. É muito bom tê-lo aqui. Lembra a Garagem um pouco, ela me veio à mente.

2h34. Não consigo parar de olhar o meu amigo jogando.

3h53. Meu amigo se foi e passei um bom pedaço na cozinha a me alimentar. Pensei enquanto fazia isso em por que quebrava tamanha quantidade de padrões sociais. E achei que a resposta que achei mais plausível é que preferi viver os meus padrões sociais específicos e singulares, pessoais e diferentes de tudo o que a sociedade espera de mim. O lado ruim é carregar o estigma autoimpelido de fracassado social, quando deveria pensar o contrário, que tenho a vida que sempre almejei. Só não sabia que tal não enquadramento me traria tamanha solidão e, não raro, tédio. Então nem tudo está nas condições ideais, mas esqueci de pedir isso, uma companheira, no desespero. Ou pedi muito especificamente.  



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