sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

ESTABILIDADE EMOCIONAL

Estabilidade emocional foi tema sugerido para debate no encontro no Manicômio hoje. Foi difícil acordar para ir e pensei até em desistir da empreitada, só não o fiz por causa do já conhecido drama misturado com raiva da minha mãe. Não sei se me agregou muito valor terapêutico, como agregou a outros membros do grupo com menos estabilidade emocional que eu, eu suponho. Não me acho uma pessoa muito instável emocionalmente. Acho a minha irmã mais instável que eu, por exemplo. Por outro lado, acho o meu irmão mais estável. Eu ficaria no meio-termo, exceto quando sou assolado por uma fissura de cola. Falando nisso, lembro que sonhei esta noite que pedi a um velho marceneiro um pouco de cola do latão que ele tinha para cheirar e que ele com certo mal humor me cedia, mas não lembro se acordei ou se meu inconsciente só me permitiu lembrar do sonho até aí. Espero que isso não seja prenúncio de recaída. Mas dizem que é comum usuários em abstinência sonharem com suas drogas de preferência. Então estou relativamente tranquilo em relação a isso. Sobre estabilidade emocional e à comparação com meus dois irmãos, é certo que não tenho 1/10 do estresse que eles têm no dia-a-dia, mas tenho lá minha parcela de estresse, principalmente convivendo com a minha mãe (que está muito melhor, diga-se de passagem). De toda forma, passei por um grande momento de estresse ontem no grupo AD – aquele dos toques – e me saí melhor do que o esperado. Consegui me manter na sala e fazer o exercício, deveras desconfortável para mim. Essa foi uma situação em que utilizei todo o meu controle emocional para suplantar, pois vinha de um ostracismo quase absoluto e de repente ser jogado num contato íntimo com uma pessoa foi meio que um tratamento de choque. Mas, como disse, superei da melhor maneira que me foi possível essa mudança brusca e brutal de realidade. Juro que olhei para a porta umas duas ou três vezes decidido a deixar a sala, mas me contive e, no final, acabei me entregando ao exercício proposto. Tivera eu menos estabilidade emocional, teria saído porta a fora logo depois da explicação da dinâmica. Não gostei, entretanto, de saber que tais tipos de dinâmica seriam periódicos a partir de agora. O corretor do Word está se metendo demais na correção do texto, se bem que ele estava certo na última correção, eu é que me enganei. Outra coisa que poderia me tirar do sério: esse puxa-encolhe da entrega do meu Wii U. A expectativa é enorme e a frustração a cada novo dia sem ele proporcional, mas não perdi a cabeça em nenhum momento, inclusive, em vez de ter chiliques, fui proativo e tentei resolver a situação como pude do meu lado da transação. Contatando o vendedor, os Correios, registrando reclamação e ligando para o CEE de Recife (que nunca atende). Então o que me resta é essa montanha-russa de expectativa e frustração a cada novo dia útil. Mais suporto incólume essa tortura. Talvez as outras pessoas do grupo não tivessem a mesma tolerância que eu e já tivessem tido ataques de raiva ou grosseria para com as partes envolvidas, se é que teriam a proatividade de tentar solucionar o problema e contatá-las.

Estou morrendo de sono. Depois escrevo mais, vou comprar as Coca-Colas de hoje e tirar um cochilo. 11h56.

19h07. Puta que o pariu acabei de bater na tomada do computador e desligá-lo e ainda salvei a cópia de segurança errada, a mais antiga, criada antes de eu tirar o cochilo. Já tinha escrito um monte e perdi tudo. Que ozzy. Mas, o que se há de fazer? A vida quis assim. O Wii U também não chegou. Que posso eu fazer? O prazo de resposta dos Correios segundo novo comunicado que recebi da Brasil Games é de cinco dias úteis. Não sei se contando da data de envio da reclamação (segunda-feira, 23/1) ou do dia posterior. Se for contado do dia de envio da relamação, o prazo se extingue amanhã, sexta. Senão, vou ter que aguentar esse perrengue até segunda-feira. Mas estou de mãos atadas aqui também. São testes ao meu limiar de frustração. Que não vão abalar muito o meu humor. Abalaria o meu humor se estivesse fazendo alguma coisa errada, mas graças aos céus eu não estou. Minha consciência, para variar um pouco está limpa. Isso é raro e precioso para mim. Minha consciência pesa fácil, me sinto culpado com muita facilidade. Não cortei as unhas hoje, isso já é motivo para uma pequena culpa, pois venho me prometendo fazer isso há dois dias. Mas, de novo, já está escuro demais para cortar. Mesmo assim vou lá cortar, ora bolas e acabar logo com esse nhém-nhém-nhém!

19h23. Cortei. Fiquei feliz porque a escuridão não era desculpa de amarelo e foi um grande obstáculo à consecução do meu objetivo. Fui mais no tato que na visão, mas consegui cortar. Uma culpa a menos no mundo. Resolvi colocar meu Spotify particular – meu computador – para tocar. Comecei com “Five Years” de Björk, versão do “Homogenic Live”. Está, acredito eu, em modo aleatório, então a próxima música é um mistério e a que vem depois dela e assim, sucessivamente. Há músicas no meu HD que, não sei como, vieram do HD ou pen-drive de um colega de internação quando do Albergue de Drogados, onde permitiam a entrada de computadores. Então há pelo menos umas cem músicas que não refletem o meu gosto. Mas manterei minha mente e meus ouvidos abertos a qualquer coisa que vier. Não sei que se fez da minha discografia de Sandy e Junior que não aparece aqui. Há apenas algumas poucas músicas deles aqui e estava com saudade de escutar. Bom vamos ver o que o iTunes me proporciona.


25 anos de evolução gráfica nos videogames



Voltando a videogames, vi uma imagem do novo Marvel Vs. Capcom que me deixou boquiaberto com a qualidade gráfica. Imagino se eu pudesse voltar no tempo do velho Street Fighter II, tempo em que eu frequentava os fliperamas de Boa Viagem e Street Fighter II era o ápice da jogabilidade e dos gráficos e mostrasse ao eu-mirim a imagem que eu vi e dissesse que no futuro, os videogames teriam essa aparência, senão melhor. Acho que seria um choque tão grande, positivamente falando, que o eu-mirim teria dificuldade de acreditar. Os videogames evoluíram de forma praticamente exponencial, do Atari para o NES, do NES para o Super NES, deste para o N64, que trouxe a grande revolução do 3D, deste para o GameCube e deste para o Wii, outra grande revolução, agora na forma de controlar os jogos, e a partir daí os videogames não evoluíram tanto na parte gráfica, não vejo a mesma gritante diferença de um PS2 para um PS3, quando comparo os gráficos de um PS3 com os do PS4. Acho que em termos de gráficos estamos chegando a um platô na evolução dos videogames. Ainda não chegamos à perfeição na reprodução de seres humanos nos games. Ainda. Já temos exemplos quase perfeitos de personagens virtuais humanos em “Exterminador do Futuro Gênesis”, como o novo Arnold Schwarzenegger, ou “Star Wars Rogue One” com a Princesa Leia aparecendo no auge de sua juventude e com um “ator” 3D de um falecido artista que tem até um bom tempo de tela e que enganou muita gente. A mim, ainda não, pois sou aficionado por animação 3D e consigo perceber a diferença. Ainda. Mas enganaram até a minha irmã, que tem um olho bom para a coisa. O tal abismo intransponível da reprodução do humano pela computação gráfica parece cada vez mais ser um postulado falso. Quando representarmos com perfeição indiscutível o humano, como acreditar no que vemos na TV? Ou em qualquer outra mídia? A internet já é um poço de boataria, mesmo sem este recurso. Imagine com ele? Esse dia não tardará a chegar a julgar pelos filmes supracitados. Estamos a poucos passos de cruzar o “abismo” e fazer um personagem virtual que engane todo mundo como sendo uma pessoa de carne e osso. Há uma cena no “Capitão América Guerra Civil” em que fazem Robert Downey Jr aparece aos seus 15, 17 anos que é impressionante.  Como é impressionante, também no primeiro filme do Capitão América o efeito do ator fracote. Até hoje não sei como fizeram aquilo. É de uma perfeição sem precedentes. Nesses dois casos, não consegui ver defeito nenhum, só sabia que era computação gráfica por que Downey Jr está com quase 50 anos e porque o ator de Capitão América é fortão. Impressionante.

20h10. Mas vamos mudar de assunto. Mas que assunto? Ouvindo uma versão de “Ciúme de Você” com minha querida Zizi Possi, que me perdoe, ficou uma grande porcaria. Coloquei a discografia dela no meu HD, mas ela tem, que eu conheça, dois discos geniais, “Sobre Todas As Coisas” e o seu sucessor “Valsa Brasileira”, este dois discos estão, para mim, no panteão dos melhores discos de MPB já lançados, tanto pela interpretação quanto pelo repertório e arranjos. Começou “Faroeste Caboclo” ao vivo. Não aguento mais e me lembra que tenho o filme e ainda não assisti. Preciso fazê-lo. Já que o Wii U não chegou hoje, talvez ligue o Blu-Ray de novo e assista. Mas não estou com disposição nenhuma de fazê-lo. Nem de ouvir a música. Vou pular. Ia passar “Ainda É Cedo” e pulei também, agora passa uma do Depeche Mode que nunca ouvi, parece ser uma música mais experimental deles. Curiosa. Mas não poria no meu iPod. Mas é interessante de ouvir. É bom ver que eles ousaram um dia. Parece meio que uma resposta para “Blue Monday” do New Order. Ah, a música, se podemos chamar assim, é “Are People People?”

20h20. Gosto quando aparecem número bonitinhos assim no relógio. Não fico olhando para o relógio do computador o tempo todo, por isso eles me saltam mais aos olhos quando olho e pego um horário assim. Besteira danada, né? Ouxe, com milhares de músicas, toca de novo a de Milton que tocou da outra vez, a que tem a cantada das mãos. Por sinal a menina respondeu à cantada, com uma risada e dizendo “eita, o homem do futuro”. Ri e expliquei a origem da frase e perguntei se ela havia gostado do filme, afinal “O Homem do Futuro” é um filme brasileiro com Wagner Moura, que tenho até curiosidade de assistir. De toda sorte, parece que o iTunes tem suas prediletas. Interessante. Ou a equalização, ou qualquer outra coisa diminuem as canções de Caetano, elas parecem menor, menos melódicas, é estranho isso. Até músicas que conheço. Como baixei a discografia dele toda também, talvez a fonte seja de baixa qualidade. Sei lá e pouco se me dá. Começou uma do Legião que eu não ouço há tempos, tanto é que esqueci o nome da música. É a que cita Camões na descrição de amor. Bem manjada. Mas linda.

20h43. Nina me mandou uma música de amor do “tamanho do universo” que ela diz que manda para pessoas queridas. Não sei o que ela quis com isso e também não vou rachar a cuca com algo que nunca vai rolar além da amizade. Enquanto respondia a ela meio que passando uma cantada, mamãe entrou no quarto para dar mais ideias sobre o Wii U. Mostrei o novo e-mail que recebi, que diz que os Correios darão resposta em 5 dias úteis a contar do dia 23/1, já mencionado aqui. Ela pareceu conformada. Meu Wii U tem que chegar amanhã. Não é possível!

Troquei o nome de um colega de grupo do Manicômio na maior hoje. E ele deve ter percebido, claro. Troquei Luciano por Alexandre, pois havia um Alexandre com o mesmo sobrenome dele na minha turma de Publicidade. Que gafe. Quem me corrigiu foi o Superchefinho, que agora tenho no WhatsApp e que quer que eu pegue o telefone desse Luciano e passe o dele para o cara. Espero que ele não tenha ficado com nenhuma celeuma de mim por causa da troca de nomes.

O mundo é daqueles que sabem se autopromover. Não é o meu caso, logo, o mundo não é para mim, por mais que faça parte dele, não conseguiria “vencer” nele. Como não consegui. Sou um fracassado, mas um fracassado que gosta de viver. Isso é o que importa. Não acredito no espiritismo e agora menos ainda pois concluí que um de seus postulados mais fundamentais é falso. Ele diz que a pessoa não pode involuir na escala de evolução espiritual e foi isso mesmo que se deu comigo. Hoje comungo muito menos da caridade e da benevolência do que já comunguei um dia. Já fui mais honesto também, eu acho, mas não tenho certeza. E acho que só fui injusto com a minha mãe. E comigo mesmo, é claro. Aí, não sei nem como não ser. Mas esse papo de que uma pessoa não pode se tornar pior do que é, é balela. Eu me tornei pior do que fui. E me envergonho disso. Mas me acomodei nesta nova condição e não quero mover uma palha para sair dela. Vou religar aqui o meu “Profetafy” para ver que músicas ele vai colocar para mim. Quando dei pause estava começando a tocar uma que achei muito bonita do Arcade Fire, mas que tem extensos 11 minutos, logo não sei se ela vai ser legal até o fim. Chama-se “Supersymmetry”. Vamos lá. Lembra um pouco som dos anos 80, Tears For Fears ou algo do gênero. Mas adoro duetos com vozes femininas doces e sexies. O arranjo é interessante e vem num crescendo. Já vai em bem dois minutos de instrumental. Acho que vou criar um novo post para o meu outro blog. Vamos ver se sai alguma coisa. 21h46.

Recife, 27 de janeiro de 2017.


Alguém está botando olho gordo no meu Wii U. Nada de ele chegar. Putz grilo. Ontem fiz o post para o outro blog, mas ficou uma droga. De qualquer forma, publiquei. Só para dizer que ainda existo por aquelas bandas. Nossa, como queria que meu videogame chegasse hoje. Inteiro, vale ressaltar. Ou que fosse confirmado logo o extravio e tivessem que me mandar outro. Ainda tenho duas horas de expectativa. São 15h09. Larguei do CAPS na hora do almoço. Não fiquei para o turno da tarde que seria apenas aula de Ioga. Espero que não me cobrem isso na segunda. Por falar em segunda, será que os dias úteis para a resposta à Brasil Games contam até segunda? Se for assim – e se não for – é melhor exterminar a esperança de que o meu console chegue hoje. Me consolar com uma saída com meu primo-irmão, se este estiver bom da virose e houver algo legal para se fazer hoje na cidade. Para ele, sempre há. Mas ele tá off-line, então é mais uma expectativa que vou ter que segurar. Acho que vou tirar um cochilo, senão não aguento a suposta night que me aguarda. Vou só revisar e publicar isso. Ah, o CAPS foi bem mais inofensivo hoje. Considero que tive um dia bom lá. Foi mais agradável. Foi agradável.

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