sábado, 14 de julho de 2018

SOU DA PORTUGUESINHA E DEMAIS FOTOS DE MUNIQUE

Pirei nessa máquina de escrever, ainda mais quando eu vi o brasão da Mulher-Maravilha. Hahaha.



23h57. Portuguesinha (pois é, ela mais uma vez, infeliz leitor), seu review de “Skyscraper” ficou excelente, simplesmente hilário. Hahaha. Só tenho uma ressalva, ele se arriscou na comédia infantil “A Fada do Dente” ou algo que valha. Não assisti. O último que vi dele foi outro filme-catástrofe, dessa vez sobre um terremoto. Você que é cinéfila deve saber de qual falo. Mas vou deixar esse post latente até que receba outro comentário seu, que parece andar sem tempo cuidando do seu próprio blog. Saiba apenas que você se superou nesse último texto. Parabéns. Ah, e desculpe o delay nas respostas, geralmente só consigo aprontar um post em dois dias. Tanto tempo para resultado tão pífio, eu sei. :P

0h56. Não me seguro, até por não ter muito o que fazer a essa hora. Esqueci de contar-lhe, tenho um amigo que estudou cinema e cismou em fazer um documentário sobre um ano da minha vida, utilizando como fio da narrativa os textos deste blog. Ou assim idealizou e me transmitiu o projeto. Ele teve azar de pegar um ano sem muitos acontecimentos, até porque minha vida não é nada excitante e basicamente me filmou sentado a escrever. De todos os ângulos possíveis e imagináveis. Hahaha. Não capturou muito mais que isso. Ele ainda não aprontou o que suponho que será um curta e nem sei se terá tempo de fazê-lo agora que espera o primeiro rebento. Estou curiosíssimo e envergonhadíssimo com essa história. Acaso mantenhamos o contato até essa soporífera obra ficar pronta, tento repartir com você. Nossa, como queria poder amar você, ao mesmo passo que morro de medo disso. Faz tanto tempo que o amor correspondido não se dá que a ideia me assusta terrivelmente. O medo do meu fracasso.

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Velho solitário com grande fé. :P


15h18. Conversando com uma amiga de internamento (que já foi um dia paixão platônica, ela parece um anjo de tão bela) sobre o meu livro por ora impublicável, acabei motivando-a a escrever a própria história que é muito mais emocionante que a minha, afinal sofre de transtorno borderline, logo tem – ou tinha, afinal está mais pacata e conseguindo lidar com o mundão de forma razoável, conseguiu inclusive construir uma relação estável com um rapaz aí – as emoções à flor da pele e excessivas, tive oportunidade de conviver e presenciar seu sofrimento existencial. Caso venha mesmo a escrever, o que tenho as minhas dúvidas, visto que borderlines são dados a rompantes fugazes, dará uma obra interessantíssima. E ela tem um bom português e é bastante inteligente. Combinei com ela que mandarei o meu livro para ela ler quando a revisão estiver completa. É uma obra caudalosa e tediosa na minha opinião, mas, quem sabe, com a enxugada da revisora se torne algo mais palatável.

Pausa no trabalho para uma cervejinha.


19h18. Fui ao biergarten da Augustiner Bräu aqui perto encontrar a família que havia ido a uma festa do colégio da minha sobrinha caçula e, quando volto, dou de cara com um comentário seu! Que prazer! Os seus comentários são a alegria do meu dia. Pela sua rotina noturna é de supor que more só, já seja emancipada. Na minha vida, nunca deu certo morar completamente só, não nasci para viver sozinho. Não sou a minha melhor companhia. As duas vezes em que morei só foram catastróficas. Sem exagero. Entretanto, quando reparti o apartamento com um colega de trabalho e anos depois fui morar com a Gatinha, tudo transcorreu perfeitamente. O período com a Gatinha, que durou cerca de três anos, foi o ápice da minha vida adulta, a parte mais feliz dela, senti que tinha uma vida completa. Vivíamos apertados financeiramente, mas nada nos faltava. E o melhor: tínhamos um ao outro e nos amávamos e nos tratávamos como iguais. Foi bom enquanto não estraguei tudo. Mas estraguei e a vida segue solitária desde então. A conheci na terapia de grupo a qual mencionei a você no dia dos presentes, no grupo composto só por mulheres. Calhamos de pegar o mesmo ônibus para voltar para casa e, nessas idas e vindas, daí a paixão aconteceu. E depois virou amor. Ainda a amo, mas sem o eros, apenas como amiga. E é uma baita amiga.

Flores do biergarten para você. :)

Aqui já bebiam cerveja antes de Cabral partir com suas caravelas rumo ao Brasil.


 20h01. Que bom que você usaria o biquíni, no entanto achei a barriga da moça musculosa e máscula demais, para mim mulheres têm que ser mais macias que duras. Claro que um corpo firme e bem torneado como o seu é lindo demais, mas sem excessos. Tinha uma amiga que se orgulhava das pernas, mas malhou tanto estas partes do corpo que para mim ficou deformada, mais parecendo pernas de jogador de futebol. Horrível. Prefiro até a flacidez, mas gosto mesmo do meio-termo. Você, do jeitinho que é, me cairia perfeitamente. Hahaha. By the way, há uma excelente academia (o que você chama de “ginásio”, lugar de malhar, ou seja, fazer exercícios) na mesma rua em que você supostamente estagiaria, no Espaço Rizoma. Desculpe, estou delirando.

As suspeitas são que pegam no seio dessa moça para ter sorte no amor.
Se voltar lá, acho que o farei. Se há um campo da minha vida em que preciso
de muita, muita, muita sorte é esse.


20h10. Engraçada essa do “Senhor Mário” do Novotel, quer dizer que eu fiz fama no A Bicicleta para além de você, “o babaca das Coca-Colas cheias de gelo”. Hahaha. Muito curioso.  

Certamente não são frutas típicas do meu país tropical.


20h37. Vamos continuar a assistir “Ready Player One”, para mim, até agora, me parece a tentativa de Spielberg de criar o seu próprio “Avatar”, um que faça jus ao cibernético nome. Estou adorando as referências à cultura pop e videogames, muitas, diversas para elencar aqui.

Espécie de catavento musical pelo que pude perceber.


22h31. Gostei do filme, para um gamer como eu sou (ou costumava ser) e com a minha visão de futuro e minhas crenças nada ortodoxas a respeito de como as coisas vieram a ser e como se darão, o filme é bem a minha praia e visualmente é deslumbrante. É uma pena que a Nintendo não tenha permitido que heróis das suas franquias aparecessem. Minha mãe acaba de perguntar se você deu notícias, ficou impressionada que tenha dado. Eu penso que você não responderá por muito tempo mais. A brincadeira vai perdendo a sua graça para você e estímulos repetidos tendem a perder seu impacto. A novidade deixa de ser novidade. Bem, que se há de fazer? Voltando ao filme, embora tenha uma paleta de cores menos vibrante que “Avatar” e animações menos humanas é uma proeza tecnológica. Diria que ele é um cruzamento de “Avatar” com “Wreck it Ralph”, uma mistura que muito me agrada. Talvez seja um filme com um pouco menos de alma que os outros dois ou talvez eu esteja ficando insensível para cinema. Não sei. Não sei se a portuguesinha gostaria do filme, tenho as minhas dúvidas. Por sinal vou procurar para ver se há o review dela sobre esse filme. É bem capaz.

Fonte e mais flores. Desculpe o enxame de fotos, mas quero postá-las todas e me livrar
deste encargo. Além disso, dizem que um post bem ilustrado torna a leitura mais fácil.


23h20. Ela assistiu e fez um review extremamente positivo. Nossa, eu e a portuguesinha temos mais coisas em comum do que poderia supor. Aparentemente leu o livro que originou a obra, que eu nem sabia que existia. Concordo com ela que assistir em IMAX deve ser o bicho, massa real, pena que perdi essa oportunidade. Pretendo assistir em Recife na minha TV, pois acho que a TV da minha irmã, por ser mais velha, puxa muito para o laranja o tom de pele das pessoas e sabe-se lá mais quais distorções revela. Para amanhã acho que assistiremos após o jogo, “Justice League”. Ela alugou no Amazon Prime, serviço que optou em relação ao Netflix, o que não sei se foi das melhores escolhas. Mas cada um no seu quadrado. Nada tenho a reclamar. Mas já espero me decepcionar com este filme de super-heróis. Veremos. Ah, as últimas coisas que queria adquirir em Munique já estão devidamente encomendadas pela mesma Amazon, o Chartreuse verde, meu licor predileto, e um organizador de moedas de euro. Aqui, ao contrário do Brasil, cada centavo vale e não estou familiarizado com as formas e tamanhos das moedas, então vai ser uma ferramenta útil para quando for passear ou fazer compras no supermercado da esquina. Fumar.

Protesto à moda alemã.


23h47. Pensei no biquíni para você pois no prédio onde moro há uma piscina decente num espaço bem astral. Sonhei descermos uma tarde para um banho de piscina e um bom papo. É cada uma que sai da minha cabeça torta! Hahaha. O bezerro com duas cabeças não atraiu mais leitores para o meu blog, então foi uma estratégia falha, não a repetirei.

Uma igreja, suponho.


23h54. Você vai ao cinema sozinha ou sempre acompanhada? Há uma preferência? Algo me diz que você quer o mínimo de interferência externa possível para que o seu post fique o mais autêntico, o mais à rolha que pode ser. Como queria que você largasse tudo e viesse morar conosco no Brasil para conseguir o seu tão desejado estágio. Tomar uma cervejinha na Praça, dançar um forró que rola no Poço da Panela, num lugar muito astral. Sair com a minha turma, que é formada em sua maioria por, pasme, psicólogos. Quem sabe se apaixonar por mim... é, hoje estou especialmente delirante. Sonhar não custa nada, apenas o amargo gosto da desilusão, preço este que já estou mais do que acostumado a arcar. Preciso me preparar.

Outra igreja, eu assumo.


0h34. O soninho bate, acho que terminarei de escrever quando acordar. Não falta muito para acabar a terceira página, mas falta ainda menos de mim para fazê-lo. E ainda tenho que encher as caçambas de gelo. Inté amanhã, portuguesinha mais adorável do mundo. Beijo.

Toda vez que você vir esse "A" em Munique, tenha certeza que há uma farmácia.


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13h07. Acabei de acordar. Fui transferido mais cedo para o quarto de mamãe, pois as crianças queriam utilizar a sala. O sentimento que carrego agora ainda com a mente turva pelo sono é de que é um imenso despropósito escrever isso para você. Mas se não estivesse escrevendo sobre e para você estaria escrevendo sobre coisa bem menos interessante, em verdade essa paixonite veio bem a calhar, pois me inunda de conteúdo para transcorrer e sobre algo mais interessante, um sentimento, não a ausência dele. Tenho um personagem encantador, a você que imagino, e um sentimento. É bem mais do que escrever com o peito vazio. Em verdade pouco teria a escrever não fora você. Você me veio como uma bênção, em verdade. Pode tudo não passar de desperdício de tempo e palpitações cardíacas, mas é melhor do que nada, cada comentário seu é uma pequenina pérola de felicidade que deposita na minha vida, é como se cada dia fosse Natal à espera de um presente seu. Sei que você vai cansar disso, sinto que já faz como obrigação, visto que não nutre nenhum sentimento especial por mim, acredito que apenas se apiede da minha vã existência e do esforço de construir essas linhas para você. Falando em linhas, o que está a ler? Você leu aquela série dos “50 Tons de Cinza”? Eu nunca li, mas fez um sucesso tremendo no Brasil. Para dizer que não li, li as primeiras páginas no Kindle da minha mãe enquanto esta fazia uma ressonância, mas o texto não me capturou e nem acho que eu seja o seu público-alvo da obra. Ademais para me dispor a ler é necessário... aliás nem sei o que seja necessário, pois nenhum tema me atrai quando posso escrever sobre os temas que me atraem aqui. Você me atrai muito e por isso escrevo para você e, quando você desistir de mim, haverá o luto de você, minha preciosa companheira de letras e, eu sei, não muito mais do que isso. Quanto a desligar do “modo psicóloga” acredito também que você se desligaria. Aos psicólogos que perguntei, disseram que conseguem fazê-lo sem maiores problemas. Você não se considera uma psicóloga porque não cumpriu a última etapa do processo para entrar na OPP. Pois eu digo que você usa um pouco de psicologia com todos os clientes d’A Bicicleta. Como quando você percebeu que um certo cliente estava ansioso por estar a balançar as pernas. Ops, acabou-se a terceira página. Antes de partir, gostaria de entender qual a utilidade de um bidê, aquele negócio que fica ao lado do sanitário no banheiro. Eu já morei numa casa que tinha um, mas é uma coisa há muito extinta no Brasil. Descobri ao chegar em Lisboa e reencontrar o objeto que carrego esta indagação desde a infância. Bom, fico por aqui. Não quero torrar mais sua paciência que já deve estar quase carbonizada pelos meus textos ridículos. :P  

Este porco enfaixado costumava ter duas orelhas quando estive aqui da outra vez.
Que será que sucedeu?


2 comentários:

  1. Um bidé é muito útil para lavar as partes íntimas e os pés.



    LOL.

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  2. Vivo com o meu namorado e 90% das vezes vou ao cinema sozinha :)

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