sábado, 11 de março de 2017

NÃO SEI O QUE ESCREVER

Não sei o que escrever. Como se isso fosse uma grande novidade aqui. Encarei mais uma fase do Yoshi e, aos poucos, vou me afeiçoando ao jogo. Ainda não ao ponto de jogar duas fases seguidas, ou mais, mas quem sabe eu não chego lá? Numa radical decisão, resolvi cortar meu cabelo. Não só aparar, mas cortar, ou seja, não tenho mais cabelos longos. Deixei a critério da cabeleireira que corte fazer e ela acabou podando meu cabelo de uma forma que nunca usei antes. A minha mãe e a faxineira acharam “lindo” e que eu fiquei com uma aparência bem mais jovem. Espero que as demais mulheres achem o mesmo! Hahahahaha. Fui duas vezes ao shopping comprar o ingresso para o show de Sandy e não consegui. Os astros parecem que não querem que eu vá a esse show. Da primeira vez, disseram que a máquina de cartões estava quebrada... há mais de 20 dias! Difícil de engolir essa desculpa, mas voltei em casa e peguei a quantia relativa ao show em dinheiro. Quando retornei haviam novos vendedores e a desculpa dessa vez era a de que o sistema havia caído e que isso só seria resolvido amanhã às 10h. Vou dar mais uma chance amanhã quando sair do CAPS. Se não conseguir, desisto. A atendente da minha primeira ida disse que os ingressos para os lugares mais perto do palco já haviam sido vendidos. Mas espero ainda comprar um ingresso “Plateia A” mais ou menos no meio do teatro. Senão vou de “Plateia B” mesmo. Só não quero no poleiro lá em cima do teatro, acho muito longe. Quero ver minha querida Sandy o mais próximo possível, como nunca tive oportunidade de ver. Senão, nem vou. Bom, amanhã saberei. Ou não. Vai que tudo dê errado de novo.

22h29. Nossa querida faxineira também abriu a caixa do Wolverine e ele é muito mais invocado ao vivo do que nas fotos. É pesado e grande e a pintura é perfeita. Orgulho do custom nacional. A caixa também é bem transada. Minha mãe gostou, o que eu achei que não aconteceria. Achei que ela iria reclamar de eu ter comprado mais um boneco. Expliquei-lhe de pronto que este boneco já estava comprado há muito tempo, o que é um fato, acho que o encomendei no meio do ano passado. A produção, por ser um custom (um boneco produzido de forma independente, praticamente artesanal, com edição bastante limitada, sem ter nenhum grande fabricante patrocinando e que não paga os royalties pelo uso da imagem do personagem, o que obriga os produtores a fazerem a venda na surdina, geralmente através das redes sociais) leva mais tempo. Se bem que esse saiu dentro do tempo de uma produção de um fabricante oficial, que lança seus produtos de seis meses a um ano depois de aberta a pré-venda. Raramente menos que isso. Não sei se foi porque já peguei o bonde andando, o boneco já estava num estágio avançado de desenvolvimento, tenha levado relativamente pouco tempo para recebê-lo. Eu havia me arrependido desta compra, mas ao olhar a figura finalizada em mãos, mudei completamente de ideia. Os customs, por seus custos de produção por unidade serem altos, têm preço bem mais salgado que um produto de um grande fabricante. Com o Wolverine não foi diferente. Mas acho que valeu o investimento. Desde que descobri o mercado de customs, eu fiquei com vontade de ter um na coleção. O que mais me chamou a atenção foi esse Wolverine e calhou de ser integralmente produzido no Brasil, unindo o útil ao agradável; eu receberia meu boneco aqui, não na casa do meu irmão, por um frete razoável e ainda teria uma obra de arte (considero essas estátuas pequenas obras de arte modernas, ainda mais quando modeladas à mão e não em programas 3D, nova tendência do mercado, pois agiliza a produção e permite pôr uma infinidade de detalhes que um escultor não seria capaz de modelar a mão livre). Confesso que olhei o boneco muito rápido e nem cheguei a montá-lo para ver como ficava, só fiz conferir se não veio nada danificado e lacrei a caixa novamente. Nem examinei a base, pois estava na camada inferior da caixa e não quis tirar o corpo, os braços e as cabeças (com e sem máscara) da caixa, com medo de fazer alguma besteira. 23h20. Havia começado a assistir o primeiro episódio de “Sherlock” e me pareceu interessante, só que minha mãe veio me dar o remédio e combinar o dia de amanhã e aí me desmotivei e desliguei a TV. Mas assistirei. O primeiro caso é bastante interessante: suicídios em série de pessoas completamente desconexas a priori. Não sei se são desconexas mesmo porque assisti menos de dez minutos. Sherlock nem apareceu em cena ainda. Talvez ainda assista hoje, não sei. O primeiro episódio tem quase a duração de um filme, cerca de uma hora e meia e já é tarde. Tenho CAPS amanhã cedo. Quem sabe uma dose de X. E a descoberta se ela leu ou não este blog e qual a opinião a respeito de mim ela carrega agora caso o tenha feito. Acho que não leu. É muito texto e é uma coisa irrelevante para o todo que é a vida dela, ela nem deve lembrar. Certamente não decorou o nome do blog. Tanto melhor. Eu acho. Aliás, eu acho que acho. Eu acho que vou ver mais um pouco de “Sherlock”.  Ou dormir. São 23h40. Se fosse assistir acabaria mais de uma da manhã. Talvez jogue uma fase de Yoshi. Mamãe quando veio me trazer os remédios disse que leu toda a biblioteca de vovô e depois a coleção que uma mãe de uma amiga tinha de livros que tinham ganhado o prêmio Nobel. Ah, esse seria um sonho meu. Mas tenho muito pouca literatura para chegar aos “píncaros da fama” como dizia a triste canção. Como a arteterapeuta disse sobre desenho, que é preciso primeiro aprender a desenhar certo para depois poder inventar ou desconstruir as formas. No meu caso, seria necessária muita leitura para que um dia encontrasse uma voz relevante e inovadora para os meus escritos. Não estou disposto a isso, logo, nada de prêmio Nobel para mim. Relembrando que estou achando o meu diário – que nunca mais digitei – bastante enfadonho. Yoshi, Sherlock ou cama. Veremos para onde minha alma aponta dentro de instantes. Não estou com o mínimo de sono. Dormi até umas duas da tarde hoje. E fui dormir cedo. Relativamente cedo. Cedo para os meus parâmetros.

1h51. Acabei de ver o primeiro episódio de “Sherlock” depois de ter jogado uma fase do Yoshi. Ambas as coisas foram bastante satisfatórias. Comecei a ver o segundo episódio, mas só para marcá-lo no Netflix. Ele também tem uma hora e meia de duração. Deve ser o padrão da série. Não sei quantos episódios há por temporada, mas espero que não muitos. Não deve haver muitos como “The Walking Dead” por causa da duração de cada um. Vou ligar o ar. Estou começando a ficar desmotivado a ver Sandy. Os locais que sobraram são nas extremidades das fileiras pelo que eu vi no site que comercializa os ingressos pela internet. Se eu conseguir pegar o que selecionei no site amanhã no shopping eu vou. Senão, não sei.

11h53. X está atendendo alguém, não sei se terei tempo de falar com ela hoje. Provavelmente não. Falei rapidamente com ela agora, pois veio pegar água no bebedouro aqui ao lado. Mencionei que havia assistido "Sherlock" e ela mencionou meu corte de cabelo. Disse que "ficou legal". Queria mais tempo de conversa, mas acho difícil. Quando um usuário pega um psicólogo para conversar, não larga. Pelo menos eu sou assim. Novamente, estou digitando para passar o tempo. Não participo do grupo de dança e não sei se há algum outro grupo agora. Deve haver, mas não sei do que é, nem me interessa participar. Estou fazendo hora para ir tentar comprar o ingresso para Sandy uma vez mais. A última vez. Queria comprar uma carteira de Marlboro vermelho. Ficar sem cigarros me angustia. Vamos ver se sobra algum dinheiro para eu comprar. Ou se rola no cartão. Parece que o posto perto do shopping aceita cigarros no cartão. Tomara. Tomara também que não haja entraves para comprar o ingresso hoje. Se algum lugar bom restar. Se só tiver no poleiro, nem compro. Mas já escrevi isso ontem, só não postei ainda. Acho que somarei este texto ao outro. X acaba de passar por aqui. A sensação é de que ela me ignora, mas posso estar enganado, paranoico e pessimista.

15h06. Comprei o ingresso para o show de Sandy. Plateia B. Mais ou menos no meio do teatro. Tive que pagar a mesma taxa que se tivesse comprado na internet. Um roubo. Esses shows de hoje em dia em teatro estão um assalto. Mas uma vez na vida, vá lá. Conversei com X na hora do almoço. Ela não leu nem pretende ler o blog pelo que entendi. Prefere que eu a diga o que escrevi. Disse a ela que seria muito difícil, porém que tudo é possível. Dois outros estagiários sentaram-se à mesa para almoçar e ficamos falando do seriado “Sherlock”. Foi bom. Melhor interação social da semana. E mesmo com o final de semana batendo à porta, acho que continuará sendo a melhor interação da semana. Não sei. Depende se vou sair e para onde iremos. E depende de mim, principalmente, me exprimir mais. Espero que vamos a um lugar que venda brigadeiros ou brownies. Hahahahaha. Ou pelo menos um lugar onde seja possível conversar. Espero também que o meu corte de cabelo, que recebeu diversos elogios no CAPS, faça sucesso na night também. Parece que desta vez, a cabeleireira acertou em cheio. Sorte minha. E mérito total dela. Não dei a ela nenhum parâmetro. Ela cortou do jeito que achou mais razoável, levando em conta a minha relutância em cortar minhas madeixas, por isso não deixou meu cabelo extremamente curto. Quero tirar um cochilo agora. Mamãe acabou de chegar. Nos comunicamos rapidamente. Ela parece bem, mas vai comer e descansar. Disse-lhe que não estava com fome e que vou tirar um cochilo. Depois. Analisarei se vai ter night hoje com o meu primo. Senão, vou jogar e assistir “Sherlock”. De repente escrever mais um pouco aqui. Mas o queria mesmo era sair. Tomara que meu primo tenha algum programa para hoje.

18h29. Meu primo me chamou para visitar a Cibrew, projeto de um amigo nosso que vende cervejas artesanais e insumos para produzi-las. Minha mãe acordou, mas meu padrasto agora debate algo com ela, quando ele acabar, peço a ela para ir.

3h13. Outro palíndromo numérico. Mamãe deixou eu ir ao Cibrew e chego agora em casa. Depois que o Cibrew fechou, fomo encontrar com um amigo do meu primo-irmão em Água Fria. Consegui interagir bastante hoje em ambas as ocasiões. Na primeira – o Cibrew – bem mais, pois na segunda o amigo do meu primo-irmão dominou a conversa, que foi bastante agradável, por mais que tenhamos abordado muitos problemas do cotidiano. Até meu primo, que costuma ser bem falante, ficou mais ouvindo o amigo. No Cibrew eu puxei assunto e cheguei até a conversar com um dos músicos, um excelente tecladista, com um estilo muito próprio e com forte inclinação ao improviso. A música foi ótima e fiz questão de repartir essa opinião com ele e fazer algumas perguntas. Conversei também com um amigo que encontramos lá, com o qual não tenho muita intimidade, mas ele, muito desenvolto guiou a conversa e elucidou vários pontos sobre a complexa arte de fabricar cerveja. É um apaixonado pelo assunto, assim como o é por música. Insistiu que eu deveria ouvir Rolling Stones até gostar, mas disse a ele que era uma banda que não me tocava. Ele não se deu por vencido e me contou sobre um documentário com Keith Richards, o qual, admito não tenho o mínimo interesse em assistir, até porque as partes mais marcantes já me foram narradas por ele. Pretendo, aliás, ver os documentários sobre Amy Winehouse e Kurt Cobain que baixei e ainda não assisti. São dois personagens que me despertam muito mais interesse que o guitarrista dos Stones. Fiquei surpreso com a variedade de cervejas oferecidas no Cibrew, havia dez torneiras de chope cada um de uma cor, formulação e teor alcoólico diferentes. Como previ que lá não venderiam Coca-Cola ou algo além de cerveja, comprei três litros de Coca Zero no posto, junto com uma carteira de Marlboro e, contando com uma esmola de dois reais que dei a um senhor resumiu-se a todo o meu gasto da noite. Quando seguimos para Água Fria ainda tinha quase um litro de Coca sobrando e não precisei consumir nada no bar. Resumindo hoje foi um dia bastante agradável e de muita socialização, praticamente como nos velhos tempos. Isso é bom e me fez bem, mostrando que retomo minhas habilidades sociais. Em termos de garotas, realmente não houve nenhuma oportunidade em ambos os lugares de interação. A garota com quem mais conversei – e que tinha o seu charme – foi a atendente do Cibrew, que fez a gentileza de guardar as Cocas na geladeira do local. Espero voltar lá e travar novo contato com ela. Talvez até cometa a indiscrição de perguntar se é solteira. É uma galeguinha simpática e bem apessoada. O único porém são quadris muito largos, mas não se pode ter tudo. Hoje, sábado, haverá Budega do Eduardo. Só não sei se minha mãe me permitirá outra noite de diversão, mas não vejo por que não. Ou assim espero. Ela disse que eu vou controlar os remédios dela ou ajudá-la nisso daqui por diante porque parece que se desentendeu com meu padrasto a respeito desse assunto e ele se eximiu da responsabilidade. Ela estava especialmente sentimental hoje, o que certamente culminou nessa intempestiva reação do meu padrasto. Gostaria muito que ele voltasse atrás da sua decisão. Não queria essa responsabilidade para mim, pois não sei se darei conta. Mas farei o meu melhor. Espero que seja o suficiente. E que mamãe ajude, seguindo sei lá que orientações necessárias. Espero também que não precise aplicar injeções nela e que o meu trabalho se resuma a separar os medicamentos. Não sei se terei também que administrar os horários em que ela os toma, visto que seu celular toca alertando-a do horário de cada remédio. Estou com uma fome danada, comi muito pouco hoje. Acho que apelarei para a farinha láctea. Não estou disposto a cortar e esquentar o resto de picanha que está na geladeira. Fora a farinha láctea, posso tomar um copo de leite e comer uns biscoitinhos de limão que mamãe fez a gentileza de comprar para mim. Bem, estou muito cansado. São 3h51 da manhã e preciso dormir. Quando acordar, reviso este post e publico. Vou fazer minha boquinha agora. Obrigado pela ótima noite, universo.


Curiosidade: Por que a Hello Kitty não tem boca? “A explicação é simples: ela não tem emoção específica. Ela sente o que você estiver sentindo. Não é bonitinho?”

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