sexta-feira, 2 de março de 2012

Só pra ter post


To Wish Impossible Things. A thing of beauty is a joy forever

Escrever algo para o blog. Vamos lá. Sem idéias. Ouvindo Cure. Fumar um cigarro.

19h21. Acabei de ver o capítulo final de A Vida da Gente. Foi aquela coisa morna como o amor de Rodrigo e Manuela. Ou pior, como o de Lúcio e Ana. O cara que me lembra a mim mesmo decide afinal escrever um livro. Deu vontade de perceber isso como um sinal. O vagabundo sonhador continuou vagabundo sonhador. Deu a mesma vontade. A primeira me aqueceu a alma, a segunda me gelou a espinha. Tenho anotado coisas, fragmentos que gostaria de transformar num todo maior e coeso. Falta só o que me falta sempre: coragem para agir.

23h18. Encontrei com um grupo de amigos que disse que leu meu blog. É estranho que esse blog esteja reverberando mais que os anteriores. É estranho ver minha palavra reverberar, atingir outros olhos, outras personalidades, outras imaginações. É uma sensação ao mesmo tempo boa e intimidante. Gostaria de ter ido com eles para onde quer que fossem, mas não poderia, tomei uma grande na quarta e por isso minha dose semanal de esbórnia já está para lá de esgotada para a minha mãe. O mal de ser vagabundo.

Os seus olhos são os mesmos olhos de menina. Da menina. De sempre. Seu olhar é loquaz quando se revela. Para quem se revela. Você só não olha para onde eu estou. E este não olhar diz muito. Diz que eu nunca vou poder reconhecer a menina que habita os olhos seus. Diz que até o fim será em vão, em não. Tanto faz. Não perderá esses olhos de menina jamais.



Jupiter Crash
O que dizer a Daniel sobre a minha não volta ao Facebook? Que depois de um cigarro, a vontade de sentar, ouvir The Cure e escrever isso foi maior? Não, é desrespeitoso. Preciso pelo menos voltar e me despedir dele. 0h56. É o que vou fazer. A música é...

0h58. Ele não estava mais lá e comentou que eu contei o final da novela que ele ainda não tinha visto. Foi mal x 2, Daniel. High. Céu. To Wish Impossible Things. Perfeita. Quero Ser John Malkovich. Perfeito. Álbuns perfeitos:

Disintegration – The Cure
The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars – David Bowie
Sobre Todas As Coisas – Zizi Possi
Porcupine – Echo & The Bunnymen
Nevermind – Nirvana
Ok Computer – Radiohead
Staring At The Sea  - The Cure
White Album – Beatles
Medúlla – Björk
A Nona Sinfonia de Beethoven – Filarmônica de Berlim com von Karajan.

Tá bom de pensar nisso. Trust do The Cure nos ouvidos. There is no one left in the world that I can hold onto/ There’s really no one left at all/ There’s only you. Quão desesperado é isso e eu nunca tinha percebido…

Acho que não vou publicar esse lixo. Tá muito sei lá o quê. Rolando A Letter To Elise.
1h30. Achei uma foto massa de von Karajan. Vai ficar uma lombra se eu postá-la em tamanho original.


1h33. Delírios como os do vagabundo sonhador da novela.
1h35 High. O set list recomeçou.
Eu perdi o CD da Nona Sinfonia... L
Tchurururu-tchutchurururu...
Sei não...
O fato de eu estar sendo mais lido pode decorrer de eu ter me tornado um personagem mais interessante, que desperte mais curiosidade de conhecer o interior. Como pensa uma anomalia social? Para o bem e para o mal? Quem vai tomar mingau? Em plena era espacial? Logo depois do carnaval? Ursinho Blau-Blau.
2h05. Pode ser o poder do Facebook.
2h06. Vou fumar.
2h11. Amanhã/hoje tem despedida de Pedrão, será que os astros conspirarão a meu favor?
Botei um set list com Joshua Tree – Perfeito – misturado com The Cure. Where The Streets Have No Name. Porra, vou assistir Rattle And Hum. Definiu minha vida.
O que falta é um Windows Explorer para o Google
15h52. Respiração pesada. Corpo pesado. Cigarro e descuido com a máquina que habito. Olhar grave e solitário que se transforma em candura ao mínimo contato. Alegria alcoólica. Alma quente e dilatada. Palavras desavergonhadas. Festa. Hoje será assim, talvez?

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