sábado, 16 de dezembro de 2017

FATO É...





17h08. O meu computador desligou do nada. Tive isso por um sinal, estou muito supersticioso esses dias, e decidi começar esse post do zero de novo, embora o Word houvesse salvo uma cópia de segurança do texto que tecia do lugar onde parei. Fato é que imprimi os comandos de autossugestão e colei o papel na parede à minha frente. Daí escolho um dos comandos e o fico repetindo. Não sei se vai funcionar, mas como me sinto melhor comigo mesmo depois de repeti-los ontem, continuarei fazendo, mesmo que à guisa de passatempo. Mas acredito que tenha um resultado mais profundo. Acredito que posso incorporar os comandos se os repetir o suficiente. Vou inclusive levar o papel para o meu primo-irmão ver e avaliar se são comandos válidos para uma sessão de hipnose. Até prefiro repetir as frases que me concentrar nesse texto. Sei que talvez esteja à espera de milagres, mas não custa nada tentar. Vou redigitar os comandos aqui para poder mostrar ao meu primo-irmão na festa de Natal da família paterna no sábado. Lá vai.

- Eu gosto de mim!
- Eu sou desenrolado e sedutor com as garotas!
- Eu confio no meu taco!
- Eu vou voltar a gostar de jogar videogames com Zelda e Mario!
- Eu sou confiante e confiável!
- Eu sou legal e comunicativo, eu sou comunicativo e legal!
- Eu vou conquistar e amar a garota da noite!
- Eu estou emagrecendo e continuarei emagrecendo!
- Eu vou gostar da viagem!
- Todos os dias de todas as formas eu me torno e fico cada vez melhor!

Achei que com exclamações no final parecia mais feliz e significativo. Fato é que não gostava de mim até ontem e, desde ontem, eu gosto de mim, me aceito sem os preconceitos que construí ao longo da vida a meu respeito e me sinto muito mais leve e livre, liberto de todo o ranço que me impedia de ver que eu sou uma pessoa válida como qualquer outra. Isso traz uma bem-estar enorme. Foi como se as traves fossem retiradas da frente dos meus olhos. Tudo porque fiquei repetindo que gosto de mim e hoje, pelo menos até este momento, eu acredito que gosto de mim, estou bastante satisfeito com quem eu sou. Quando eu penso se gosto de mim, a frase pipoca na cabeça, “eu gosto de mim” e acredito nela. Pode ser autoengano, pode chamar do que for, só sei que me agarrarei a esse sentimento com unhas e dentes. Não quero perde-lo e voltar a ser um cara baixo-astral. Quero nada. É tão bom viver gostando de mim. Parece que uma nova e bela cor surgiu na paleta da minha existência. Tudo parece melhor e mais fácil, flui com mais facilidade. Tudo é mais feliz porque estou contente com quem eu sou. Pronto imprimi para o meu primo-irmão. Quero que ele analise e veja se é possível me incutir esses comandos pela hipnose, a forma mais potente de autossugestão, acredito. Se eu for realmente hipnotizável. Dizem que crianças são mais facilmente hipnotizáveis, que adultos tendem a pôr barreiras, impedindo o transe. Como sou bipolar, tenho menos barreira em tese. Não sei essa tese tem fundamento. Sei que bipolares têm menos pudores e restrições em seus pensamentos, pelo menos foi algo assim que o meu ex-psicólogo me disse. Espero que isso ajude. Senão terei que me contentar em repetir as frases. E torcer para que surtam o mesmo efeito da primeira.

18h04. Passei um tempo agora repetindo algumas das frases. Estou com uma fé muito forte nesse método. Acho que tal fé é essencial para que as transformações internas se operem. Por isso não quero que o meu padrasto veja e venha me dizer que é uma grande babaquice fazer isso. Babaquice para ele. Eu gosto de mim hoje. Para mim isso é prova suficiente de que funciona. Vou parar um pouco de repetir e me ater aqui ao texto. Não tenho muito para contar além dessa pequena grande revolução que se operou na minha vida. Eu gosto de mim! Aleluia! Hahahaha. É tão bom está de bem consigo mesmo. Tenho uma carrada de defeitos, alguns rótulos muito feios para a sociedade, mas mesmo com tudo isso é bom ser quem eu sou. Não queria ser outra pessoa, me caibo muito bem em mim hoje. Falta perder o bucho. Mas, com ou sem bucho, eu me acho um cara legal. Me soa até estranho dizer isso de mim, mas é como me sinto. Se eu gostar de mim, pode ser que a garota da noite também goste. E se ela não gostar, é a vida e continuará sendo bela. Mas vamos mudar de assunto que esse já deu. Dois posts sobre isso não dá. Eu vou escrever cada vez melhor. Me repeti essa frase também, mas não acreditei direito nessa, por mais que o meu instinto primeiro tenha sido olhar as regras do hífen na nova reforma ortográfica. Admito que não decorei nenhuma, mas fiz o movimento de buscar melhorar a escrita. Algum efeito teve, mas muito pouco. Não acho que vou magicamente virar um Machado de Assis se não tenho dentro de mim a bagagem cultural para tanto. Não acho que esse condicionamento faça coisas sobrenaturais também. E estou satisfeito com a forma que escrevo. Não anseio por mais do que isso. Não vou ficar lapidando frases, senão meu espírito autocrítico não vai passar da primeira linha. Não vou emular isso do meu pai. Sei que se fosse reescrever um texto desses construiria várias frases de forma diferente. Mas não faço isso, apenas despejo as minhas palavras despretensiosamente, ou quase, porque sonho com leitores. Fato é que isso não é uma prova de redação (senão seria reprovado), isso é uma forma de diversão, um hobby, um passatempo, nada mais. E é como quero que continue sendo. Senão vai perder a graça. Eu não consigo repetir para mim mesmo “eu gosto de videogames” sem sentir um bloqueio interior à ideia. Consigo dizer a frase do Mario e Zelda sem problemas, entretanto. Entretanto, estou falando de novo em autossugestão. Que se dane, se é o que quero dizer, que seja. Não quero é enjoar disso. Estou profundamente inseguro agora, não sei o que foi que me deu. Acho que foi essa frase de enjoar da autossugestão. Esquecer isso.

19h35. Fui comprar cigarro e voltei um pouco menos crente na autossugestão. Espero que seja passageiro. Liguei o celular que estava carregando e meu primo-irmão me chamou para uma saída amanhã, porém já descartei a ideia, pois meu amigo cineasta vai passar aqui pelo prédio umas 11h00. Vou ter que madrugar para os meus padrões e não conseguiria fazer isso indo dormir de manhã. Acabei de falar com o meu irmão. Ele ainda não encomendou o Zelda! O que significa que ele pode comprar o do Switch, caso minha mãe se decida a me dar o console. Que massa! Queria que ela lesse o meu blog para já ir preparando o espírito. Puxa, fiquei animado agora. Posso dar com os burros n’água. É bom já ir me preparando para isso. Mas que seria fantástico seria. Vamos ver. Não posso criar grandes expectativas. O pior é que as minhas expectativas já estão grandes. Eu repeti a frase de gostar da viagem e me sinto mais animado em relação a ela também. Não sinto o que sentia, uma angústia e um repúdio forte em relação à ideia. Não sei se tem a ver com a esperança do Nintendo Switch ou se foi a repetição da frase mesmo. É bom eu ser uma pessoa imediatista no caso da autossugestão, pois meu cérebro quer logo se apoderar dos novos paradigmas. Não sei a fragilidade deles, o que é necessário acontecer para que se quebrem e eu volte ao padrão de pensamento anterior. Acho que um choque de realidade, por exemplo, no caso de ser desenrolado e sedutor com as garotas. Se numa oportunidade real eu travar, isso vai quebrar o meu sistema de crenças. Por outro lado, se eu for um pouco que seja mais desenrolado e sedutor com uma garota, de preferência a garota da noite, isso reforçará a crença. É viver a vida e ver no que dá. Gostar de mim é uma coisa que independe do mundo externo, é algo interior. É só eu não fazer nenhuma coisa da qual me arrependa (muito) que continuarei gostando de mim, eu acho. Tomara. Está tão gostosinho assim. O superego está até quieto hoje, deve estar atarantado tentando assimilar as novas coordenadas do meu ser. Vou jogar um pouco de videogame. Wii U. Toad Treasure Tracker.




21h18. Joguei até um bocadinho. O jogo é bom. Quando o jogo é bom, eu fico engajado. Isso só reafirma que eu vou me divertir jogando Super Mario Odyssey e Zelda Breath Of The Wild. Muito mais do que o do Toad, porque são muito melhores. Embora o Toad seja muito bom. Estava precisando de um jogo bom para me reacender a chama. O do Yoshi não deu para o gasto, nem o outro do Wii U que eu joguei que, de tão irrelevante, nem lembro. Foi Splatoon. Além desse joguei o Super Mario 3D World que é o bicho, mas acho que o Odyssey seja melhor, talvez no nível dos Super Mario Galaxy e do Super Mario 64. Estou muito a fim de jogar. Mas se realmente vier a possuir o Nintendo Switch, eu vou começar pelo Zelda, que já deve ser delicioso e deixar o doce que é o Mario para o final. Eu me sinto bem tendo o nome do personagem de videogame. E não, não foi uma homenagem, eu nasci antes do Mario aparecer. Pena que no Toad chegou numa fase difícil e chata, morri quatro vezes e desisti. Preferi dar uma desopilada aqui. Amanhã tento de novo. Mamãe me deu fome me mostrando qual seria o meu jantar. Daqui a pouco parto para ele. Esse post, a não ser que haja uma grande reviravolta do destino, não será divulgado. Está muito vazio de conteúdos e redundante em relação ao anterior. Fato é que nada aconteceu na minha vida de relevante hoje. Ah, não arrumei as malas hoje porque a fantástica faxineira ficou pouco tempo aqui. Descobriu depois que chegou que a sua sogra havia falecido e lógico que minha mãe a liberou. Talvez venha no sábado ou no domingo. Preferia que viesse no sábado e que arrumasse com mamãe a minhas malas. No plural. Quero levar duas para trazer o maior número de bonecos possível. Ou levo uma e levo um boneco por fora. Ou uma coisa ou outra. A se decidir, mas acho mais garantido ter duas malas. Sei lá o que estou falando, estou com a cabeça em outro canto. Imaginando as dificuldades da viagem. Ainda bem que estou um pouco mais aclimatado com a ideia.

22h29. Estou de barriga cheia, comi nada menos que cinco hambúrgueres caseiros feitos por Dona Carmelita com arroz. Fugi completamente da dieta. Acho que vou tomar os remédios e dormir. Amanhã, não sei de amanhã. Sei que a saciedade me deu uma baixada no astral. Será que esse meu alto astral, esse gostar de mim é só por causa da cafeína? Espero que não. Continuo gostando de mim. Continuo pensando na garota da noite. Continuo querendo jogar os games do Nintendo Switch. Seria o presente de “Natalversário” perfeito.

23h05. Passei os últimos minutos recitando os meus mantras. Me sinto com um ótimo astral. É bom ouvir coisas tão incentivadoras. Faz bem, muito melhor que ficar me denegrindo. Me sinto mais saudável psicologicamente. Me sinto melhor comigo mesmo que é o que mais importa.

23h55. Estava jogando mais um pouco do joguinho do Toad. Fechei o episódio 1. As primeiras 20 fases. Parece que são 70. Ou mais. Ele me deu a oportunidade de pular a fase chata que eu não consegui passar da outra vez. São esses detalhes que fazem da Nintendo a melhor. Os gráficos também são super bem-feitinhos. Bem bonitinhos. Acho que não me impressionarei tanto com o do Mario depois de ter visto este. Mas já vi o Mario. Já sei como é o gráfico e é no mesmo nível ou melhor que o do Toad. Mas o do Toad já possui os efeitos de reflexo e iluminação. 0h00. Acho que já-já tiro o time. Espero que minha mãe esteja em casa amanhã para me dar o dinheiro para aparar a barba. Nossa fiquei na secura agora de jogar o Zelda. O Mario também, mas não sei da minha mãe. Ela podia me liberar para comprar o videogame, o controle adicional e o jogo do Mario. Vi na casa do meu amigo jurista que o controle adicional é indispensável para quem vai encarar muitas horas de jogo, pois o tempo de bateria deles não é lá essas coisas. Incrível como a indústria de entretenimento americana está se voltando para China. É um público gigantesco. O dinheiro realmente move o mundo. Não o meu, por mais que quisesse ter dinheiro para comprar o Switch. Hahahaha. De qualquer forma gosto de quem eu sou. Hahahaha.

Amanhã, vou ver se faço a barba cedo para poder andar uma última vez antes da viagem. Mamãe está com uma ideia meio troncha de sair do aeroporto em São Paulo, melhor dizendo, em Guarulhos, ir até o Sumaré, fazer um exame de sangue e voltar. Acho que só dá na volta, pois na ida chegaremos de 18h55 em São Paulo, duvido que o negócio esteja aberto quando mamãe chegar lá. Na volta chegamos de 11h15 e partimos de 18h50. É mais plausível. Mesmo assim acho muito arriscado. Pelo menos, se perdermos só perderemos o voo para Recife. Na ida perderemos os voos internacionais, vai ser a maior dor de cabeça. Vou comunicar isso a ela amanhã. Aliás, mais tarde. São 0h59. Não consigo tirar os games da cabeça. Parece até que vou conseguir. Estou com um excesso de confiança nesse quesito. Baixar o facho. Agora não consigo mais ter expectativas tão ruins quanto estava tendo com a viagem. Acho que a repetição da frase ajudou. É curioso isso para dizer o mínimo. A parte que continua a me incomodar é o traslado, ainda mais com essa invenção de mamãe de ir fazer o exame. É ter fé que vai dar tudo certo e que não será necessário tirar as malas em Guarulhos. Não tenho alternativa, do jeito que for, será. Vou reforçar que ano que vem eu não quero viajar. Aí é demais. Afora o Switch e os games para ele, não há nada mais que eu queira. Tudo o que tinha que ver na Marienplatz eu já vi. Bem não tudo, mas não quero ir para canto nenhum.

1h14. Não sei o que escrever e não quero dormir, quero ficar aqui mais um pouco. Esse post está trash. Não vou divulgar de maneira nenhuma. Só redundâncias do post anterior. Já senti umas três vezes vontade de apagar tudo e começar do zero. Mas na quarta página não tenho mais coragem de fazer isso. Já estou com o ar ligado há algum tempo. A temperatura está bastante agradável. Vou dormir.

-x-x-x-x-

12h35. Fumei o primeiro cigarro do dia, o do despertar, e cá estou. Estou um pouco entediado, um pouco querendo jogar o jogo do Toad. Não estou no meu melhor humor, necessito um café. O computador e o som não estão se entendendo, acho que para isso acontecer só reiniciando o computador. Não estou com saco agora. Estou sem paciência para repetir os comandos no momento. Acho que será fogo fátuo mesmo. Ou não. Fato é que não estou no melhor dos meus atrais nesse despertar, acometido pela velha vontade de não fazer nada. Eu não gosto de mim, de ser eu, nesses momentos. Mas é algo passageiro, acho que é o despertar. Incrível como a minha febre por bonecos passou. Acho que é porque tenho todos os que quero. Agora não estou com saco de nada em verdade.

13h14. Eu repeti os comandos algumas vezes e confesso que me sinto melhor. Vou tentar fazer café para mim.

13h20. Botei três e meia colheres de sopa no filtro descartável, será que é o suficiente?

13h34. Ficou bom o café, bicho! Está forte e encorpado. Já sei fazer café. Hahaha. A cafeína sem dúvida alguma levanta o meu astral. A pessoa que tinha o escravo disse que tem novidades. Só não sei se poderei repartir aqui, pois ela não disse quais são. Me sinto mais animado depois de ter bebido esse café. Mais feliz até. É uma situação de dependência. Que seja. Já deixei tudo, até a Coca e não poder tomar café, aí é demais. Realmente tudo parece melhor depois dessa xícara de café, impressionante.

13h48. Fui fumar tomando esse cafezinho esperto que eu fiz. Merecia. O dia, que estava para lá de morgado, tornou-se solar para mim. Já-já vou sair para aparar a barba. Estou com preguiça de caminhar hoje. Acho que não vou. Aliás, tudo em mim diz que não vou. Espero não encontrar o salão cheio e a minha cabeleireira ocupada com alguma mulher. Mulheres fazem procedimentos muito demorados e complicados em seus cabelos, via de regra. É bom ir munido do meu iPod. É a última vez que farei a barba esse ano. Viajo na quarta que vem. Está em cima, chega me deu um frio rápido na barriga. O traslado é o que mais me incomoda no momento. Antes era a convivência com o pessoal nos EUA. Mas já me disse antissocial, então estou mais relaxado.

14h06. Sem saco nenhum de ir aparar a barba agora. Mas acho que vou.

14h18. Ainda continuo no computador, a esmo pela internet. Não sei usar vírgulas. Espero que me faça compreender mesmo com esse defeito que não sei como corrigir. E não, não tenho saco de ler uma gramática. Vou pegar um copo d’água.

14h22. A direção de arte do Zelda Breath Of The Wild é uma mistura dos gráficos do Wind Waker com os do Twilight Princess. Os bonecos são modelados de forma mais realista como em Twilight Princess, mas as cores e a iluminação são cartoon (cel-shaded, para os entendidos) como Wind Waker.  

15h55. Fui aparar a barba, tomei um bom banho, desliguei e liguei o computador, botei gelo para fazer, fiquei repetindo os comandos. E estou pensando em Super Mario Odyssey. Penso também que preciso limpar o computador. Também pensei que fico melhor com a barba aparada. Pensei também que eu tenho ou assumo com o tempo a mesma postura corporal de Luís Fernando Veríssimo, e fico pensando se esse jeito curvado era uma postura daqueles que passam muito tempo escrevendo em máquinas de escrever ou computadores. Eita viagem troncha do caramba. Não tem nada a ver. Calhou de eu e o cara sermos meio corcundas e escritores. Hahahaha. É estranho me chamar de escritor. Não consigo me ver no papel. Gostaria de assumir esse papel. Talvez repita a frase “eu sou um bom escritor” para ver no que é que dá. Vou fazer isso agora.

16h05. Repeti. “Eu sou escritor” já me desce sem tanto travo. Curioso, o fato de repetir para mim mesmo em voz alta faz eu me acostumar com a ideia. Eu acho que tenho coragem de dizer que eu sou escritor de um blog que ninguém lê. Hahahaha. Sempre me denegrindo. O superego vem logo botando todos os pingos nos “is”. É, eu sou isso que eu descrevi. Mas como colocar de uma forma mais positiva para um(a) desconhecido(a) que venha me indagar o que faço da vida? Eu escrevo um blog. Acho que só isso está de bom tamanho. A pergunta seguinte se interesse houver, é, sobre o quê? E eu direi sobre a vida, sobre como a percebo. Acho que está legal assim. Quem sabe não faça uns cartões para distribuir aos verdadeiramente interessados? É um caso para se pensar depois da viagem. Não quero pensar na viagem agora. Nem nos bonecos. A minha vontade é vender todos os que estão nos EUA nesse momento. Manter o Hulk e a Sonja, claro. Mas o resto voar. Quase todo o resto. É fogo. Tem uns e umas que realmente quero. Mas, como disse, não quero pensar nos bonecos. Pensei no Zelda e no Mario agora. Até no Toad. Mais tarde dou mais uma chance a ele em minha vida. A minha existência tem espaço para games, mas só os muito bons. Não vou desperdiçar a minha existência com jogos mais ou menos que não me dão prazer. Já passei da idade. Só jogos com score 9,0 e para cima eu jogarei. Essa vai ser a minha forma de seleção para escolher o que vou jogar. Talvez algum 8,5 passe ainda. A nota do Toad foi 8 e alguma coisa e achei bem divertido. Acho que também vai muito do meu gosto. Mas se eu não ficar engajado no jogo em duas horas, eu desisto. Acho que duas horas é tempo suficiente para saber se o jogo é do meu agrado ou não. É estou com videogames na cabeça. É a expectativa de poder enfim jogar os novos Mario e Zelda com essa ida aos EUA. Tudo depende da minha mãe. Mas queria muito.

16h28. A cabelereira me pareceu um pouco triste e calada hoje. Ela que tem um pique danado, parecia estar sem ele hoje. Não não vou ficar me repetindo que eu sou um ótimo escritor porque isso vai me criar um bloqueio criativo pela pressão de fazer algo melhor do que o que faço (que não considero ótimo nem a pau). Na escrita, tenho que deixar fluir. Não criar medidas de constrangimento ou repressão ou tomar uma atitude crítica a respeito dos textos, senão isso descambará certamente num bloqueio e é a última coisa que quero, me ver sem o meu refúgio último e único. Desse canal de mim para comigo que tanto prezo e amo. Eu amo escrever. Taí uma coisa que eu não preciso nem repetir, ela me vem profunda e verdadeira. Não posso dizer que tenha o mesmo amor pela língua, pois não me esforço por aprendê-la e dominá-la. Meus textos devem ser cheios de erros, pois a minha escrita é intuitiva. Vejo nos grupos de autores pessoas discorrendo sobre concordância verbal, concordância nominal, uso de vírgulas e para mim falam de algo que foge à compreensão. Não sei nada disso, ponho a vírgula quando acho apropriado, não por alguma lei maior da gramática. Há vezes que julgo pô-las demais, noutras de menos, mas a verdade é que realmente não sei. É pura intuição. E que se dane. Quando releio e sinto que está compreensível, para mim está bom. O resto é resto. Quero apenas que a minha mensagem esteja inteligível, mesmo que pobremente escrita. E mesmo assim, acho que posso me considerar escritor, pois é literalmente o que faço da minha vida, do meu tempo, que agora quero voltar a repartir com os games e, futuramente, com uma namorada. Namorada que se materializa em fugidia – e bote fugidia, nisso – possibilidade na garota da noite. Por mais fugidia que seja, guardo uma confiança incomum à minha pessoa de que vou conquistá-la. Eu sei que é algo que depende de mim só até certo ponto, mas pretendo chegar até esse certo ponto e deixar o resto em suas mãos, mas tenho que chegar magistralmente até esse certo ponto, de forma que ela queira agarrar a oportunidade de me ter e se dar a mim. Não sei se serei capaz de fazer isso, mas estou me condicionando – sim com as frases – para conseguir. Vamos ver o que a existência me reserva. Ou o que as engrenagens que boto para girar fazem dela. Gostaria muito, mas muito mesmo de ter uma interação mais legal com os meus sobrinhos. Acho que não conseguirei chegar a tanto. Tenho quase certeza. Nem precisarei, com a tia da minha cunhada e minha mãe lutando para se apoderar da atenção deles, não precisarei fazer nada. Assim espero. Mas tentarei ser legal, na medida do possível quando e se eles demandarem a minha atenção. Protegendo o meu espaço e respeitando as minhas limitações sociais, fique bem claro. Não sou o tiozão. Não me enquadro no papel de tio. Não serei um tio como o Imperador da Casqueira. Deixo o papel de tiozão para o tio da minha cunhada que também estará lá. Aliás, o que não falta para os meus sobrinhos são tios e tias. Tanto melhor, não fará muita diferença se unzinho só for arredio e distante. Não preciso ficar criando neuroses à respeito disso, eles são amados o suficiente para serem saudáveis. Não fará diferença a minha presença ausente em suas vidas. Eles aprenderão a conviver comigo dessa forma. Crianças aprendem rápido, estão com seus cérebros fresquinhos e em ponto de bala. Se tenho um preferido? Há um que tenho menos apego, embora não tenha muito apego por nenhum. Meu convívio foi muito pouco para laços mais estreitos e por mais que me envergonhe disso, não quero mudar tal quadro. É o que posso dar. Eu quero os influenciar o mínimo possível, pois me considero uma má influência. Mas se eu gosto de mim, não deveria ter esse tipo de receio. São os rótulos que me pesam. Rótulos que talvez eles venham a descobrir. Ou não. Talvez tenha menos apego por um porque ele de certa forma me lembre de mim mesmo. Talvez isso se dissipe agora que gosto um pouco mais de mim. Sei lá. Não interagirei muito com meus sobrinhos, eis a realidade. Eles me intimidam e, novamente, não sou um bom exemplo de vida. Mas tentarei ser legal. Não tenho o coração de pedra também. Uma brincadeira, por assim dizer, é pedir que só falem comigo em inglês para eu poder praticar. E que me corrijam quando eu errar. Talvez isso tenha algum grau de diversão para eles. Sei lá. Não sei brincar com crianças. Não tenho paciência para brincar com crianças. Acho realmente muito chato. Então, se é assim, prefiro ficar no meu canto escrevendo. Podem me achar insensível por causa da postura que assumirei com os petizes, mas é assim que vai ser. Difícil será também interagir com os tios da minha cunhada. Só o computador pode me salvar disso. O computador será o meu casulo. Interagirei nas refeições e talvez um pouco à noite quando só os adultos estiverem despertos. Ou em alguma saída que não seja saída para crianças (parques e quetais). Não acho que ocorrerão muitas saídas por conta da neve e do frio intensos que assolam o local onde a família do meu irmão mora. Ah, estou ouvindo o acústico do A-Ha. Dica do meu amigo professor. Vi que vão tocar duas músicas com o vocalista do Echo & The Bunnymen, uma delas desta banda, “The Killing Moon”. Estou curioso. O cheiro de café exalado pela xícara vazia me dá vontade de colocar mais. E eu que disse que não queria falar da viagem, hein? Esse lado desobediente meu é surpreendente. Como gosto de me desobedecer, me desdizer. Ainda bem que com os comandos não parece estar havendo isso. Acho que a repetição é tão sugestiva que o cérebro a aceita e acolhe. Essa é a minha impressão. Com refrão de música que não se gosta, de tanto ouvir, a música fica na cabeça. Ainda bem que isso não tem ocorrido ultimamente pois só ouço o que quero. Mas aposto que no carnaval, no único dia de carnaval que me permito, o dia do Sai Dessa Noia, eu ouvirei o que não quero e acabarei ficando com algum refrão idiota na cabeça. Levarei o meu iPod para me defender. Espero, entretanto, estar mais comunicativo e legal, como prega uma das frases afixadas na parede à minha frente. Acho inclusive que já estou mais talkative com a minha mãe. Pode ser só impressão. Sei lá. Veremos amanhã no Natal da minha família paterna. Eita, vai ter filmagem. Nem sei como isso vai ser. Bom será como tiver que ser. Eu só sei que vou tentar me divertir e interagir com a minha família. Tenho mais facilidade de interagir com a minha família paterna do que com a materna, o que é uma coisa que magoa a minha mãe. Não sei por que essa afinidade maior, mas é algo que não sei como mudar. Sou mais parecido, eu acho com o inconsciente coletivo, se posso chamar assim, de uma família do que da outra. Uma coisa que eu gostaria de dizer aos meus primos da família paterna é que eles deveriam prestigiar mais os encontros familiares porque um belo dia, a geração de agora vai passar e cada um de nós irá para um lado, como já acontece e aí será tarde demais para desfrutarmos uns das companhias dos outros. É quase certo que não direi isso. Mas a vontade existe. Vamos ver se se manifesta. Se eu bebesse, certamente diria isso e falaria mais um monte de asneiras e seria só arrependimentos e ressaca no outro dia. Estou totalmente fora. Por mais que esteja nos meus planos ter uma garrafa de Chartreuse verde para tomar um cálice após as refeições ou no cair da tarde na varanda. Dois cálices por semana seriam mais do que suficientes. Em ocasiões que achasse realmente válidas, pois é uma bebida rara e cara. É a melhor bebida alcoólica que já tomei. E olhe que já bebi de tudo. Até batida de maracujá com Jack Daniel’s. Hahahaha. Tomei só uns goles, já estava sem beber. E não era tão ruim quanto a descrição faz soar. Pense numa festa em que vi gente passando mal de tanto beber foi esse natal da Jack Daniel’s com open bar. A galera tomou todas. A cover de “The Killing Moon” no acústico do A-Há ficou uma vergonha, a força que Ian McCulloch faz para cantar chega a dar agonia. Não funcionou. O arranjo não ficou dos piores, mas os vocais realmente ficaram um desastre. Bom, sempre há a versão original para se ouvir. Vou pegar café e água.

18h04. Minha mãe ligou. Vai fazer compras, o que significa que vou ter que descer para pegá-las. Tentei dissuadi-la da ideia, mas ela disse que eram compras para o meu padrasto, não tive contra-argumento para isso. É me aclimatar com a ideia e acolher. Não me dará muito trabalho em verdade. Já aceitei. Repeti “eu vou pegar as compras lá embaixo” umas vinte vezes e a ideia fez casa na minha cabeça. Estou usando o condicionamento por repetição de comandos para tudo, né? Deixa eu brincar com o cérebro, ele é meu. Ainda bem que tenho fé no dito procedimento, isso foi um golpe de sorte, pois acho que tudo depende da minha crença no poder da autossugestão. Cara, como espero que não seja só culpa da cafeína. Se for, me lasquei. Mas acho que não é. Há algo de mais profundo. Há a fé e a repetição. Acho essa uma poderosa combinação. Vamos ver na prática. Incrível como estou confiante com a prática amanhã. Também amanhã será um teste café com leite. Pensar assim eu percebo que já é um modo de me sabotar. É bom me lembrar que nos outros encontros eu mal falei. Se for legal e comunicativo nesse, será mais uma prova de que o método funciona. Eita, mas ainda terá a parada da filmagem, isso chamará a atenção para mim. Acho que as pessoas vão ficar olhando para mim enquanto meu amigo cineasta filma. Que constrangedor. Vou ter que levar na esportiva. Novamente que venha o que tiver que ser. Farei o meu melhor. Agora estou à espera da ligação de mamãe. Espero que demore mais um pouco, mas já botei uma bermuda decente para descer, uma que não arreie de tão frouxa, como a que estava usando – e que voltarei a usar quando voltar – aqui em casa. Vou com a mesma camisa, entretanto. A gola dela está esgarçada, eu acho, pois está enorme, mas acho isso até sexy, como um decote masculino. Queria beijar as costas nuas da garota da noite. Ela tem lindas costas. Eu acho, não lembro direito. Mas apostaria o Nintendo Switch que sim. Vocês precisavam ver a garota da noite, acho que iriam se encantar com a beleza peculiar dela. Queria muito revê-la. E estar armado com todo o meu arsenal dos comandos para seduzi-la. De posse de confiança, de amor-próprio, de sedutora desenvoltura para cativá-la. Só de pensar nisso, gelo. Mas menos do que gelava antes das frases surgirem em minha vida. Preciso repeti-las mais e mais. Acredito que quanto mais o fizer, mais elas se aninham dentro de mim, se enraízam no meu ser. Eu acredito e isso é o essencial. Finalmente achei algo para depositar toda a fé sem vazão que eu tenho dentro de mim. A Singularidade também recebe parte da minha fé, mas eu tenho um pé atrás de que tal evento realmente se dê. É tão improvável eu ter premeditado o futuro, razão maior da minha desconfiança. Estou tão devoto desse método de autossugestão que quando bate a insegurança eu quero logo repetir o comando específico para rechaçá-la. Será que estou endoidando? Mas já tive a primeira prova, estou em paz comigo mesmo, satisfeito em ser esse ser que sou. Independentemente de qualquer coisa, do meu passado sombrio, eu gosto de mim, eu me aceito, enfim. Demorei 40 anos para alcançar isso e o truque era só repetir “eu gosto de mim” o máximo possível. A mente é muito misteriosa realmente. E antes tarde do que nunca! Eu pensava que nunca me aceitaria, como um dia pensei que nunca sairia da depressão. Só por isso o ano de 2017 valeu para mim. Mesmo que seja passageiro. O que espero que não seja. Nem que eu tenha que repetir essa frase todos os dias que me restam nesse planeta cheio de incoerências. Eu gosto de mim. Não sou capaz de aceitar que eu me amo. Mas é certamente uma próxima etapa. Ou não. Não quero virar um porco narcisista. Acabou o acústico do A-Há. É um álbum duplo. Corri para o “Utopia” de Björk. Para mim alcancei algo maior para mim que a utopia que prevejo que alcançaremos com a Singularidade. Alcancei o bem querer por mim mesmo. Sei que estou me repetindo e dizendo isso muitas vezes, mas é porque é um acontecimento tremendamente fantástico na minha vida. É mais prazeroso e importante que qualquer outra coisa. Até mesmo que a garota da noite. Ela e o Nintendo Switch e o Hulk e a Sonja são apenas a cereja do bolo. Gostar de mim é o bolo. E não me canso de saboreá-lo. Profunda novidade da alma. 18h42. É para eu descer, minha mãe acabou de ligar.

19h20. Pronto acabei de ajudar a minha mãe, eu acho. E acho que, sem café, sem cafeína, estaria angustiado aqui. Preciso criar uma frase motivacional para isso. Tipo “eu fico bem sem cafeína”. Só não sei se o poder da sugestão pode ser tão profundo a ponto de silenciar uma craving do meu organismo. Acho que é querer demais. Amanhã quando acordar, eu vejo. Eu tento. Nem vai dar tempo porque eu vou acordar em cima da hora de o meu amigo cineasta chegar. Não quero também esperar demais do método e acabar me decepcionando e desacreditando dele. Pedi a mamãe que fizesse mais café. Acho que vou dizer a ela que não precisa. Estou meio empanzinado de café.

19h31. Fui lá na cozinha deixar a xícara, para não ficar me tentando, e disse a mamãe que eu não queria mais café, que ficaria só na água. Acho que fiz bem. Ah, Björk... não sei o que ela tem que suas músicas me fascinam. A pessoa dela me fascina, além de achá-la muito bela, não sei agora velha, pois ela vive a esconder o rosto com máscaras, mas devo admitir que não gosto de velhas, a não ser que o envelhecimento seja uma coisa que eu acompanhe diariamente, como com uma companheira. Aí não tem problema, eu creio. Não há sustos, é um processo lento e gradativo ao qual vou me acostumando, eu que também velho fico. Obviamente pensei nessa frase tendo a nossa célebre garota da noite como protagonista. Fazer o quê? Ela é a pessoa por quem estou interessado agora, portanto a que habita as minhas projeções afetivas. Tomara que ela não leia esses escritos. Ou que leia, tudo sou eu mesmo. Mas não quero que ela me tenha por obcecado ou coisa do gênero, mas quando estou a fim de uma garota e com mais de dez anos de carência afetiva, é de se esperar que eu pense nela. Apareceu essa brecha na minha vida, que nem sei se brecha é, só sei que vou tentar transformar em ponte o abismo que nos separa. É o que venho me empenhando em fazer. Fui incisivo na última mensagem? Fui, sim, direto e claro como o dia. Desafiante até. Mas não quero saber desse negócio de friend zone para mim. A amizade dela me interessa se nos tornarmos um casal. De outra forma, não. Afinal, os parceiros de amor têm que ser amigos acima de tudo, confidentes. Pensei agora nela gorda e percebi que estou enamorado apenas de sua aparência até o momento, preciso conhecer mais para de fato me apaixonar e, quem sabe, se acontecer e formos persistentes, amá-la. Amor é tão bom. Acho que só experimentei amor de fato com a Gatinha. E é um sentimento tão forte que não se apagou completamente de nós dois. Sinto, porém, que ele está se esvaindo nela com o passar dos anos. Também, mais de uma década. Mas o carinho e o respeito acho que permanecerão por toda a vida. Amor não é tão extasiante quanto a paixão, mas acho melhor. Amor gera uma sensação de fortaleza, de lar. Eu voltava contente para a casa sabendo que o meu amor estava lá a me esperar. Nos breves períodos que morei sozinho, odiava voltar para casa, para aquele apartamento oco, cheio de solidão. Não sei se entraria em depressão por causa disso hoje, mas certamente não seria bom, por mais que sinta que hoje goste de mim e tenha a escrita por companheira, acho a solidão completa no lar, aparentemente sem fim, desoladora. Prefiro muito mais conviver com a minha mãe e suas neuroses do que sozinho. Eu consegui sobreviver ao meio-termo, ou o que considero meio-termo, que é ter um animal de estimação, a maravilhosa Poeira, uma poodle toy preta que me foi tirada pela minha mãe quando mudei para um quitinete em Boa Viagem. Acabei de perguntar a quem recebeu Poeira o que se deu com ela. Pedi a verdade. Não sei se serei atendido.

20h08. Acabei de saber que ela está viva, chama-se Princesa e é tratada como tal. A pessoa disse que vai me mandar uma foto dela! Você não pode imaginar como fico feliz em saber disso. Ela foi muito especial e significativa na minha vida. Tínhamos um amor incondicional um pelo outro. Pelo menos era assim que eu sentia. E era assim que ela respondia. Era uma cadelinha silenciosa, nunca latia. Aprendeu desde cedo que latir não adiantava nada, pois, ela ficava sozinha em casa enquanto eu estava no trabalho e não havia som que fizesse que acabasse com essa realidade. Foi duro para a bichinha, mas eu tentava compensar nos momentos em que estávamos juntos. Acho que conseguia. Da outra vez que perguntei sobre Poeira a essa mesma pessoa, ela disse que ela havia morrido atropelada, o que me fez ter muita raiva. Só acredito que Poeira está viva se ela mandar a foto mesmo. Vai ver que ela deu a cadela e ficou com vergonha de me contar. Sei lá. Essa nova versão da história, com final feliz, me deixou contente de uma forma que vocês nem imaginam. Parece que é criada com todos os luxos e mimos modernos da era dos pet shops. Ótimo, comigo ela não teria tantos mimos. Mas se eu ainda morasse na rua de barro em que vivi em Candeias, ela teria a liberdade de correr livremente e teria a minha companhia e fidelidade. Bom, não foi assim que a vida quis. Eu acho que vou vender quase todos os bonecos que tenho na casa do meu irmão. Estou com essa vontade comichando dentro de mim. Mas ela ainda não está formada por completo, me gera certo desconforto. Vamos ver como me sinto ao examinar os itens que tenho lá durante essa viagem. Há pelo menos três bonecas de PVC que tenho certeza de que não vou vender. As demais podem ir para o espaço, eu acho. Não sei, não sei, não sei. Mas pensando sobre me mudar da casa de mamãe para ir morar com alguém, elas seriam um elefante branco. Se bem que não precisaria tirar os bonecos da casa de mamãe. Só levaria o busto do Hulk e a Red Sonja, talvez o Wolverine brasileiro. Algumas de PVC também. O resto poderia ficar no meu quarto nas Ubaias mesmo. Acho que levar o Hulk seria motivo de intensas e difíceis negociações com a figura com quem iria morar. Hahahaha. Veja só, eu aqui fantasiando novamente. Não tenho jeito mesmo. Voltar para a realidade que é melhor. A realidade seria melhor com uma companheira, mas deixemos isso de lado por um instante e nos atenhamos a realidade como ela se dá. Estou sozinho no meu quarto escrevendo e sonhando com futuros possíveis, mas improváveis. Nem sei se o Hulk vai chegar.

20h39. Fui pegar água e dar uma passada no banheiro. Por falar em banheiro, eu já comentei isso um sem-número de vezes, mas assistir a mulher amada tomando banho é uma das intimidades mais belas e poéticas que conheço. Sempre me encantou. As poucas que eu vi tomando banho. Toda a feminilidade da mulher parece que aflora durante o banho. Ou assim me pareceu, eu que sou todo abrutalhado no meu asseio. Eu acho. Não me vejo me banhar. Sei que teria vergonha de tomar banho na frente de alguém. Eu sei, direitos iguais, mas nesse caso se faz necessária uma exceção. Só tomei banho uma vez na frente da minha segunda namorada. Tomamos banho juntos. Foi a primeira das três mulheres que vi tomando banho (excluindo a minha mãe, o que, graças a deus eu não me lembro). Acho que a partir da minha segunda namorada me encantei. E sempre que há intimidade suficiente e o consentimento se dá, eu observo a mulher amada a se banhar. O cheiro da lavanda no banheiro é o mesmo da lavanda que usava no banheiro do apartamento em que tentei pular da marquise do nono andar. Mas não me remete a esse momento tétrico e sim ao período em que ainda estava abestalhado por morar num apartamento tão bom usando o fruto do meu trabalho. É sempre a isso que esse cheiro de lavanda me remete. Era um apartamento melhor do que o que fui morar com a Gatinha em Candeias, ficava na Torre e eu podia ir andando para o trabalho. A lua-de-mel com esse apartamento durou pouco, entretanto, e a tragédia quase fatal para mim se fez. Mas hoje sou uma pessoa diferente daquele tempo. Ainda odeio morar sozinho, talvez reflexo desse fatídico episódio, mas não acho que seja só isso, pois quando morei sozinho em Boa Viagem também foi uma desgraça. Nisso continuo o mesmo, mas algo muito maior mudou. Eu gosto da minha vida hoje e gosto de mim. Não quero mais pôr fim a minha existência. Pelo contrário quero expandi-la, trazer uma pessoa para a minha vida, ter um novo e delicioso prazer com os videogames, quero muito viver e estou curioso para ver como 2018 se dará para mim. Espero que me sorria de volta. Pois se hoje existo, existo feliz, contente com a minha existência e a condição de ser eu. Me envergonho de ser curatelado, mas também sou escritor de blog. Eis a prova diante dos seus olhos. Adoro quando engreno na escrita como agora. Pouco se me dá se é outro post enorme. Não tenho problema com isso. Aliás, sendo sincero, temo alienar leitores. Fato é que já não os tenho em grande quantidade. Mas ouso seguir esse fluxo verborrágico mesmo assim, pois me dá prazer, me realiza, é uma delícia. Não sei como mais pessoas não fazem isso. Ou se fazem, eu não sei. Não procuro e não me importo realmente, o único texto que me importa é o meu. Não gosto de ler. Gosto de escrever. Meu pai gostava de ler. Gostava muito. A biblioteca era o que para mim são a coleção de bonecos e os videogames. E ambos são secundários, frente à escrita. Principalmente quando atinjo esse estado quase catártico. É bom demais. É a melhor coisa do meu mundo, como ele se configura hoje. E por isso não desperdiçarei esse momento mais sublime dentre os momentos da minha vida poupando palavras com medo de aborrecer o leitor. E a música combina perfeitamente. “Arisen My Senses”. Acho desde já uma das minhas músicas prediletas de Björk. É mágica. Como escrever para mim é algo mágico, misterioso, inexplicável. Não sei de onde as palavras me vêm, só sei que se apresentam e as deposito no papel digital do Word. Há uma necessidade, uma urgência em dizer em mim. Como se houvesse pouco tempo para o muito que quero dizer. É delicioso. Não abro mão de jeito nenhum. Conquanto isso dependa só de mim. Estou aqui num estado quase extático. Saboreando o que me vem à cabeça. Uma mensagem da figura do escravo, que voltou a ser escravo e está aprendendo aos poucos como a figura gosta de ser tratada, segundo a própria que parece estar mais contente com ele. Pois é vida de escravo nunca foi fácil. Mesmo de escravo moderno, que escolhe ser escravo. Coisa mais doida isso. Deve ter tido liberdade demais ou de menos na vida. Sei lá o que se passa na cabeça de quem se passa por isso. Gostar de ser humilhado, machucado, subjugado, explorado por outro. Eu, hein? Bom, eu me daria melhor como dominador de escravos, mas acho que me daria bem mesmo era como namorado de alguém por quem eu fosse apaixonado. Por falar nisso, a minha leitora número um, parece que está com um paquera e vive aos beijos com ele. Não poderia ter ouvido notícia melhor a seu respeito. Fiquei muito feliz. Mais feliz estou com as boas novas sobre Poeira. Ainda bem que esse texto me levou a indagar o seu verdadeiro destino. Quero muito ver a foto que a pessoa disse que vai me enviar na segunda-feira. Será que Poeira, agora Princesa, me reconheceria? Acho que não. Depois de tantos anos, mais de uma década também, minha voz e meu cheiro mudaram, ela não iria se lembrar de mim. Mas juro que fiquei com vontade de ir visitá-la. Deixa para lá, é como um amor da minha vida que acabou o relacionamento e se casou com outrem. Nunca a tiraria da atual dona. Mas gostaria muito de revê-la. Capaz de ela me morder pelo que fiz a pobre passar! Altas caganeiras porque dava sorvete napolitano para ela ainda bebê. Hahahaha. Ela adorava, mas quando chegava em casa, estava tudo cagado. Hahahaha. Ganhei o meu dia com a notícia de Poeira, embora hoje tenha sido um dia ótimo de viver. Só fiz escrever e só faço isso, mas estou me divertindo muito. Também repeti os meus mantras muitas vezes. E joguei o Toad. E fiz café, a barba, foi até um dia movimentado. Mas amanhã promete muito mais ainda. Não sei se lembrarei de tudo para escrever e não estarei preocupado com isso. Amanhã não é dia de escrever. É dia de experimentar a vida e o contato com pessoas amadas. Tomar Coca Zero. Coisa que não fiz essa semana ainda. De celebração. E filmagens. Esse projeto do meu amigo cineasta, duvido que dê em alguma coisa. Eu produzo muito mais texto do que ele é capaz de ler. Que dirá selecionar trechos do blog para construir a narrativa. A não ser que ele venha acompanhando o meu blog e selecionando os trechos à medida que os posts saem. Não sei. E não me importa, é um projeto dele e me sinto honrado de ser o objeto de sua narrativa audiovisual. Por que eu acho que não vai dar em nada? Porque tudo o que ele captou até agora fui eu escrevendo no meu quarto. E chegando ao prédio. As filmagens que fiz da viagem não devem ser utilizáveis. Ficaram todas muito mal filmadas. E não filmei nada de interessante. Sei lá. Pedi para ele trazer um pen drive para lhe repassar as imagens que colhi até agora. Não só eu, mas a Gatinha e minha irmã PE também. Nos EUA darei a missão a meu sobrinho mais velho. Eita, eis aí um motivo de interação mais divertida com eles. De repente dou uma rodada para cada um dos três filmar. Para os outros dois não se acharem desprestigiados. Vou perguntar quem tem relógio de pulso, algum deles deve ter, acho que já vi em foto o mais velho com um, e digo que tem cinco minutos para filmar o lugar em que vive. Deixa, não quero falar nisso. Nem há muito o que falar. Darei a mesma oportunidade aos três. Pronto. Estou com calor, coisa que definitivamente não terei nos EUA. E pensar que na próxima sexta-feira estarei lá. Tenho que me repetir a frase motivacional da viagem. Me deu uma agonia agora. Será por que o efeito da cafeína está passando? São 21h37. Espero que não. E se for, vou segurar a agoniazinha e ficar abstinente de café. Não vou fazer outro. Não posso viver a minha vida escravizado por café. É ridículo isso, seria uma situação de dependência tão chata como a de qualquer outra droga. Eu não! Hoje vou passar a noite só na água. Ligar o ar que o calor está grande. Pois é, semana que vem estarei numa casa cercada de neve por todos os lados. A uma temperatura vários graus abaixo de zero do lado de fora. Meu padrasto disse que é frio de rachar. Eu não pretendo deixar a casa em momento algum. Mas mamãe quer comprar um tênis para mim, logo terei que me aventurar no gélido – e bote gélido nisso – inverno do local onde meu irmão mora. Levarei cigarros, mas nem sei se os usarei, pois terei que sair da casa para fumar e ficar congelando (de verdade) do lado de fora, não parece ser uma boa ideia. Parece que as orelhas correm o risco de congelar a tais temperaturas, ou assim ouvi dizer. É um frio para mim, inimaginável, só encarando mesmo para ter uma ideia. Deve ser de lascar. Espero que o casaco que meu padrasto me emprestou caiba na mochila. Nossa, doze páginas já? Será que algum leitor chegou até aqui? Acho tão improvável quanto a garota da noite se tornar a minha namorada. Saco vai ser revisar esse troço todo e hoje não me lembro de ter escrito nenhuma poesia é só espessa e densa prosa. Vai ser um saco reler, certamente deixarei vários erros passarem. O que mais gostaria agora? De um Nintendo Switch com o Zelda e o Mario. Com a garota da noite assistindo e se divertindo com isso! Hahahahaha. Só falta surgirem alienígenas para me fazer companhia para o quadro ficar mais absurdo. Mas não me darei por derrotado. Não sem tentar. Tanto o Switch quanto o sim da garota da noite. Nossa, ficarei muito frustrado se não conseguir o videogame. Já disse isso em algum momento, mas estou contando que vou conquistá-lo. Que vou de alguma forma encher tanto o juízo da minha mãe que ela vai acabar me dando. O argumento será o mesmo de ontem, mas repito aqui, eu venderei um dos bonecos que tenho lá e repassarei o dinheiro para ela. Colocarei à venda por valor equivalente ao console. E será meu presente de Natal e aniversário. São os dois argumentos que tenho para convencê-la. E que é mil reais mais caro aqui. Ou seja, com o preço daqui, eu poderia comprar dois consoles lá, afora o joy-con adicional e o jogo do Mario. O do Zelda, meu irmão vai me dar, eu espero. Que o universo conspire a meu favor. Se soubesse rezar, rezava. Ou melhor, rezava não, pois há muito mais gente, mas muito mais gente necessitada de uma intervenção divina que eu. Eu tenho demais até. Tenho tanto que pretendo vender uma parte. Vou pegar água e talvez fumar um cigarro. 21h58.

22h01. Não deu para fumar o cigarro, com meu padrasto na sala, acho chato. Ele odeia o cheiro. Acho que o que queria dizer no longo texto acima é que pela primeira vez que eu me lembre, eu gosto de mim, sem culpas ou preconceitos; que tenho vontade de pegar Poeira de novo para mim, mas não posso; que queria muito, mas muito mesmo, amar e ser amado pela garota da noite; que os bens materiais que eu mais quero na vida são o Nintendo Switch com o joy-con extra, o Mario e o Zelda; que o que mais amo na vida é escrever (enquanto estou solteiro e não tenho como jogar o Mario e o Zelda); que estou quase preparado para a viagem e que estou ansioso (para o bem e para o mal) pelo dia de amanhã. Ah, ia esquecendo do ponto crucial, acredito que a autossugestão está me ajudando com as minhas neuroses. Como pude me esquecer disso. Estou fazendo a maior propaganda pois me sinto gostando de mim. Agora me bateu uma insegurança e uma agoniazinha. Não sei se é a falta de cafeína ou o superego. Não vou ficar refém da cafeína por mais que esteja me batendo uma vontade de fazer mais café. A agoniazinha passou, foi só uma latejada. Odeio essas agonias sem razão da alma, gostaria de saber a razão específica delas. A insegurança é o medo de constatar que esse negócio da autossugestão é papo furado. Mas acho que isso seja meio insondável. Talvez seja algo como o meu amuleto da sorte. Ele não traz sorte de fato mas tem o feito placebo. Da mesma forma a autossugestão. Enquanto eu acreditar que ela faz efeito, ela fará. E quero acreditar que para mim, o indivíduo Mário Barros, ela funcione. Não sei se para você que (não existe e hipoteticamente) leu até aqui a autossugestão vai funcionar. Cada pessoa é diferente da outra, talvez você deposite a sua fé em Deus, o que acho superválido também, qualquer coisa que faça bem sem fazer mal a outrem está valendo, na minha opinião. A do momento para mim é essa da autossugestão, pretendo passar à hipnose. Pois sempre sonhei em ser hipnotizado e porque parece ter efeitos ainda mais profundos no ser. Mas, além de introjetar os comandos que agora pratico através da hipnose, gostaria que meu primo-irmão me sugestionasse a acessar o inconsciente coletivo para confirmar ou refutar a hipótese da Singularidade tecnológica tal como a imagino. A resposta a essa questão muito me interessa. O que o meu inconsciente vai dizer. Sei que parece ridículo e colocando em palavras me soa ridículo, mas é só uma pergunta, gostaria de saber a resposta que daria nesse estado alterado de consciência, caso chegue a acessá-lo mesmo. Pode ser que não seja hipnotizável, pode ser que meu primo-irmão desista do curso, sei lá. Sei que se não morrer daqui para amanhã, terei um dia sui generis. Que coisa a angustiazinha está a me dar pontadas. A única coisa que mudou foi que parei de tomar café. Não me dobrarei, se isso for meu organismo pedindo mais cafeína. Não serei escravo da cafeína. Cansei de ser escravo de substâncias. Já me basta o fumo. Só ele já me rouba muito da pouca vida que me foi concedida pela existência. Não que ache a vida curta. Muitas vezes achei-a longa e tenebrosa demais, para ser sincero. Hoje, quando atinjo o que suponho ser cerca da metade dela e vou lentamente apodrecendo, saindo de validade, começando a morrer, é que me descubro mais vivo e dono de mim. Nossa, só estou pensando no Zelda. Para com isso, cabeça. Acho que repeti demais a frase dos videogames. Hahahahaha. E vou quebrar a cara para se lascar por causa disso. Tomara que não, que minha mãe se apiede de mim. Será que um celular funciona mesmo sem chip? Não sei. Não entendo nada de celular. Ela vai ficar passando na minha cara esse celular para não comprar os games. Sei de tudo o que ela vai fazer para não me comprar o videogame. Não vou repetir mais uma vez aqui. Deixa para lá. Mas não desistirei facilmente do meu intento. Contra argumentarei, utilizarei tudo o que estiver ao meu alcance para conseguir comprar o bendito videogame e o que preciso para jogar. Vendo até dois bonecos, se for o caso. Com isso cubro o valor da compra toda e ultrapasso esse valor e ajudo ainda a pagar o frete do Hulk. Do Hulk não desisto nem a pau. Falando de bonecos, mamãe quer que eu me comunique com uns caras de uma loja geek aqui de Recife. Vou ver se entro no canal deles do Facebook. Pelo menos dou essa boa notícia a mamãe.

22h46. Pronto, curti a página dos caras e pretendo passar lá, numa das minhas andadas, para perguntar se eles estariam interessados em colocar algumas figuras que não tenho mais interesse para vender. Claro que eles ganhariam um dinheiro por cima. Eu diria o quanto eu gostaria por cada figura e eles botariam o preço que quisessem. Mandei cancelar a minha compra do Goliath. Já é uma grana que entrará para o Switch. Quero ver como eles vão me enviar o dinheiro, não sei nem se o cartão da minha mãe ainda existe. Não quero saber, vão ter que dar um jeito. Talvez mandar para o PayPal do meu irmão. Sei lá. Só sei que não quero esse boneco mais de jeito nenhum. Faz uns quatro anos que comprei e ainda não lançaram. Além de ser enorme, o frete dele seria um absurdo. E não conseguiria venderia porque foi de um jogo que não fez sucesso nenhum. Quero nada. Quero o meu dinheiro de volta. Que eu perca o valor do depósito, eu não quero saber. Só não quero esse trambolho chegando cinco anos depois na casa do meu irmão e o frete para o Brasil ser mais de mil dólares. Tô fora. Espero que me respondam o mais rápido possível. Eu nem me lembro se escrevi o e-mail em português ou inglês tão atarantado eu estava! Tomara que tenha sido em inglês. Acho que foi, sim, foi, agora me lembro. Fui curto e grosso, “Now I’m done. I want to cancel my order. ASAP.”  Eles ainda vão me responder que eu vou perder o depósito inicial e tentar me fazer mudar de ideia é quando eu aproveito e mando o PayPal do meu irmão para eles enviarem o dinheiro. Dependendo de quanto seja, pois comprei com 25% de desconto (o que não sei se está computado lá, tão peba é a empresa), além de perder o depósito inicial, mas acho que deve dar uns trezentos dólares. Se receber logo já tenho grana para comprar o Switch. A angustiazinha está me batendo, não quero saber de angústia. Angústia dá e passa. Não vou fazer café. Não sei nem se é o café, mas caso seja. Acho que vou fazer sanduíche para mim, mamãe me assustou em relação à dificuldade de tirar a paçoca e o arroz da geladeira.

23h35. Fiz dois sanduíches com pão de grãos sem glúten, com um monte de mortadela dentro. E comi um pão de donut sem recheio (vê se pode venderem um negócio sem graça assim...). Já tomei os remédios e fumei o meu último cigarro da noite. Vou revisar e publicar isso, mas decidi não divulgar, pois amanhã ou na madrugada de depois de amanhã vai ter um post muito mais interessante sobre a festa de Natal.


0h36. Acabei de revisar. Fato é que ficou um post gigantesco, mas gostei dele. Só acho que as pessoas não vão entender ou sentir da mesma forma que entendo e sinto. Ao reler não fui arrebatado pelas mesmas sensações, logo o outro também não será. Ou será? Será?

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