quarta-feira, 17 de agosto de 2016

UMA OUTRA ESTAÇÃO





Ouvindo “Uma Outra Estação” do Legião. Pois é, dei uma pausa pra Mallu e pro Bowie. Está tocando a música título, a segunda do disco e minha predileta. Para mim, é o melhor disco póstumo – brasileiro, pelo menos – empatado com de Cássia Eller cujo nome é uma data que não me recordo. Péra, vou ver no mestre Google. “10 de dezembro”. Pronto. Esses dois são os dois melhores discos póstumos que já ouvi. Se bem que não me lembro de ter ouvido outros. Só tributos. Entretanto, esses dois poderiam entrar na discografia original com louvor. Mas não sei se quero falar do meu gosto musical ultrapassado. O que me faz me lembrar de algo que não devo lembrar. Mariana, esqueci disso. De cobrar ao amigo do meu primo-irmão o contato dela no Facebook. É chato cobrar, mas com o blog de bonecos, estou aprendendo a ser mais chato do que já sou. Amanhã cobro a ele. Se me lembrar, quero dizer. Por falar nisso, não pude ir à Vila Edna no Dia dos Pais, pois estava tendo o Dia dos Pais do meu padrasto aqui em casa. E depois do almoço peguei num sono ferrado e só fui acordar quando mamãe veio me dar os remédios. Aí também fiquei acordado até as quatro da matina. No mundo fantástico dos bonecos. Darei mais um golpe financeiro na minha mãe. Na minha mãe, não! Vou usar minha pensão para pagar os fees do eBay. Acabei de fazer isso. Não sei se vai passar pelo crivo dela quando ela olhar a fatura do cartão. É o velho, se colar, colou. Por falar nisso, não sei se a atividade de hoje do grupo foi muito terapêutica, pois era para fazer uma história em quadrinhos do uso da minha droga de preferência, obviamente, a Norcola. Isso me deu um pouco de fissura, mas tenho muitas razões para não recair. Boas razões. Como não voltar para a clínica, como ganhar a aposta que fiz com um amigo meu de que não recairia de novo até o final do ano (e nem depois! Mas a aposta foi até dezembro). Como uma possível viagem no ano que vem, como o meu blog de bonecos, como não sofrer mais em troca de apagões. Como não ficar mais seqüelado do que já sou. Não, não e não! Mas esse exercício foi meio fora de contexto por gerar em mim memórias eufóricas da droga. Se tiver oportunidade de comentar sobre o exercício no próximo encontro, levarei esta observação. E amanhã seria o dia perfeito para recair, pois minha mãe vai passar o dia todo fora de casa. Mas não o farei. Tô cansado de me foder. Simples assim. Vou mudar até de assunto que falar sobre isso alimenta a fissura.

Sobre o que falar, então?

-x-x-x-

16 de agosto de 2016.

Continuando ou recomeçando, melhor dizendo. Tanto tempo desde a última frase. Fui pegar o “Blackout” de Britney Spears para ouvir e achei embaixo “Recanto” de Gal (que Caetano compôs para ela e arranjou com um arranjo bem diferente, meio eletrônico, o disco todo é meio difícil a priori, depois se torna o bicho. Um dos discos que mais gosto da minha coleção). Minha coleção de CDs... é uma pena... só sei onde está no máximo 1/3 dela. Vários CDs que gostaria de ouvir estão perdidos pela casa ou para sempre. E eu não tenho ânimo para localizá-los, sei que há muitos no quarto da minha irmã, num armário específico, mas nem me dou ao trabalho de ir resgatá-los, pois não há espaço no meu quarto para coloca-los. Meu quarto é um amontoado. De coisas minhas e não minhas. No mínimo, 1/3 do volume é não meu. Quero ver com essa reforma, o que será das coisas todas que amontoam o meu quarto, pois terei que abrir espaço para as bonecas e bonecos. Quando esta reforma vier. É uma pena and a pain in the ass minha mãe não deixar eu usar o dinheiro da pensão para bonecos. É só remédio, vestuário, plano de saúde, psicólogo, coca-colas, saídas e quetais. É uma pena que eu não posso eu mesmo gerir o dinheiro, mas teria que pagar tudo o que é pago com a pensão para poder pensar em gastar em boneca, não iria adiantar de quase nada. Não daria para eu comprar uma boneca, só se poupasse. Mas não posso. Então tenho que me contentar com as que já tenho e em como elas são. É a vida. E é bonita, é bonita e é bonita. Finalmente acho assim. Por mais que o caos às vezes opere contra. São várias variáveis, como diria Humberto Gessinger, e não se pode dar conta de todas. É impossível. É incrível que ainda mantenha esse quantidade enorme de controle sobre a minha vida quando penso que sou eu contra o universo inteiro de coisas que podem vir contra minha vontade! Chega a ser miraculoso isso. Que cada pessoa consiga isso ainda mais aglomerada no mesmo planeta, um monte de quereres e vontades dissonantes coexistindo em sua maior parte em paz cada um respeitando o máximo que consegue o quadrado do outro. É fantástico. Parece mágica e deve ser. Como a mágica dos formigueiros se auto-organizarem espontaneamente.


1h57. Nem lembro do que estava falando. Me perdi no Facebook. E uma googleada ou outra por aí atrás do que botar no blog de bonecos. 2h21. Ainda perdido no meu mundo de bonecos. Como diz a música “Estou longe, longe, estou em outra estação...”. Ah, cobrei ao amigo do meu primo-irmão que arrumasse o endereço de Mariana. Vamos ver no que é que dá. Ah 2, levarei o texto da Novíssima Religião para duas meninas do meu grupo do CAPS amanhã! Vai ser doideira!

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