sábado, 21 de outubro de 2017

MINHA MÃE LÊ MEU BLOG... QUE OZZY...

Hoje o dia não começou bem para mim. Além de ter acordado debaixo das críticas e negatividade e drama que imperam na psique da minha mãe, descobri que ela lê o meu blog. Isso é terrível, pois pode me levar a censurar coisas que de outra forma não censuraria. Espero que não, que consiga manter a minha independência intelectual. Se ela já lia e eu só não sabia, que assim seja. Mas é a última pessoa que eu queria que lesse esse troço. Ela é mencionada geralmente de modo não muito agradável aqui. Isso porque anda muito negativa e reativa talvez por causa de tudo o que tem atravessado na batalha contra o câncer e os efeitos colaterais deste ou da idade. Sei que deveria voltar à terapia. Como minha tia, sua irmã, me fez prometer que tentaria convencê-la. Ver a vida de forma tão negativa e ansiosa e ainda com os “apagões” de memória que vem tendo não é uma forma legal de levar a existência. Essa constante urgência em relação a irrelevâncias e as falhas de memória me preocupam, quando não me irritam, pois sou muitas vezes vítima do seu estresse desmensurado. Os meus estresses guardo para mim, embora não leve uma vida estressante, pelo contrário, faço de tudo para evitar estresses. Acho que isso incomoda a minha mãe, essa minha tentativa de viver a vida da forma mais fácil e confortável possível. É incompatível com os seus arquétipos, com as suas expectativas do que eu deveria ser. Ela também é incompatível em várias instâncias com o que esperaria de uma mãe, mas não me estresso com isso. Na maioria dos casos, deixo bem salientado isso aqui, porque há momentos em que não há como não sucumbir aos seus ataques, ela consegue me estressar com seu estresse, sou extremamente vulnerável a isso, levo muito a sério. Como hoje quando acordei e ouvi um monte porque não fui dormir na hora que ela esperava que eu fosse. Dentro do meu padrão eu me retirei cedo, antes da uma da manhã, e antes seria se o computador não tivesse pedido para fazer uma atualização que sempre gosto de acompanhar. Mas minha mãe não se agradou do horário e teceu o seu rosário durante o almoço inteiro. Eu preciso aprender a interrompê-la de forma assertiva e, de alguma forma que me escapa, botar as coisas nas suas devidas proporções. Fui dormir mais tarde do que ela esperava, esse foi o meu único erro. Para que todo o resto? Para que a tempestade num copo d’água? Eu sei que sempre foi assim. Mas ainda há tempo de mudar. Para levar uma vida menos urgente e catastrófica. Se ela experimentasse um pouco da vida como a levo, talvez compreendesse. É um saco e desgastante ir a supermercado fazer compra? Não vai, pede tudo por telefone. Dinheiro serve para esses confortos também, principalmente no atual estado de saúde em que ela se encontra. Não há culpa ou desperdício nisso. Eu odeio supermercados, tudo neles me incomoda, a logística, a morosidade no atendimento, por isso prefiro pagar mais e ir à pizzaria aqui em frente do meu prédio. É para esses pequenos confortos que dinheiro também serve. Essa é a minha opinião. A vida é curta e cada dia mais curta, então para que se estressar com coisas desnecessárias ou se submeter a provações desnecessárias? Assim eu penso. E penso, mudando completamente de assunto, acho que esse já deu, só queria que mamãe ouvisse minha tia e voltasse à terapia assim que possível (antes da viagem, obviamente), que minha irmã não vai aos EUA, não por falta de vontade, mas por falta de condições. Físicas e financeiras. Mais pelas primeiras. Veremos, o milagre pode se dar e ela ficar boa da coluna. Se isso acontecer, o resto, a parte financeira, se resolve em família, eu acho.

16h13. Fui pegar Coca e perdi o fio da meada. Ainda me pesa o fato de minha mãe ler isso daqui. Ela não entende que é um texto sobre mim, que eu sou o protagonista e que todos são coadjuvantes, embora ela seja, bem dizer, a segunda protagonista porque é a pessoa mais próxima a mim. Se bem que, a depender de com quem eu esteja na hora, tal pessoa tome papel proeminente na minha narrativa. Isso são impressões subjetivas, pessoais e não uma redação jornalística. É altamente parcial e fala de como reajo aos estímulos internos e externos que recebo e de como os interpreto. Não busco aqui nada mais que escrever o que sinto, penso e percebo. Se minha mãe aparece quase sempre em contexto negativo é porque é esse lado que me cala mais profundamente à alma. Se falo das pessoas de forma relativamente distante algumas vezes, é porque estou deveras ensimesmado e fechado em mim no momento. Nesses momentos, que são bastante frequentes e que me são os mais libertadores, todos os outros tomam uma dimensão menor. É assim que é. É assim que a coisa flui para mim. Gosto da noite. Gosto da madrugada em especial. Estou acordado e todos dormem, isso me agrada, me faz sentir mais livre, não apenas no papel eletrônico, mas ao redor. É quando me sinto mais inteiramente livre. Por isso gosto tanto. Mesmo que para ter isso perca a minha manhã. Definitivamente não gosto da ideia de que minha mãe leia isso, mas é público, que posso eu fazer, não vou tornar o meu blog secreto por causa dela, gosto de ser lido por desconhecidos. Não gosto de ser lido por conhecidos, não gosto da ideia de que aqueles com quem tenho intimidade, que conhecem os personagens dessa narrativa saibam tanto de mim e das minhas percepções de mundo, mas não vou mudar as configurações de privacidade agora que finalmente alcanço cerca de 30 visualizações por post. Às vezes 40 e o recorde total foi o do dia em que encontrei Popeye, com 70 visualizações. Acho que a foto, um selfie com Popeye, ajudou. Não tocou nenhuma das músicas que salvei de Mario Galaxy no Spotify. Minha mãe já acordou do seu cochilo, será que ainda está amuada comigo? Sei lá e não quero descobrir agora. Não quero estresse, embora me estresse só de pensar que ela está estressada comigo. Não devia ser assim. Nossa, como espero que a terapia traga alívio para ela e para todos nós em contrapartida. E que mostre os caminhos para tratar do assunto da memória. Parece que é um efeito colateral do remédio, ou assim quis entender. Quem me dera fosse só isso. E se for só isso, talvez haja uma forma de contornar ou melhorar a situação. Minha tia acha que a terapia em si, ajudará mamãe a ter mais foco, concentração, dar prioridade ao que realmente importa, reorganizar sua cabeça muito agitada e bagunçada, e com isso melhorar sua memória. Tomara. Se eu sou desorganizado, minha mãe é muito mais. Eu aprendi a lidar com a minha desorganização utilizando o mínimo, quanto menos se usa e mexe, menos se pode desorganizar. Ainda trago impressões mórbidas daquele lugar onde mamãe foi tomar o remédio intravenoso ontem. Ali eu vi a triste fragilidade da vida e quantas mulheres são acometidas por câncer de mama. O consultório estava cheio. Ainda bem que mamãe não usou peruca, vi três de peruca e para mim era mais do que óbvio que aquilo não eram os seus cabelos. Tinha até uma muito bem-feita, com um corte curto e moderno, mas a aparência de que era algo acoplado à cabeça ainda estava lá. A área de tratamento estava repleta de senhoras recebendo suas químicas no sangue. Os acompanhantes contavam uma história em si, pois eram mais jovens que os pacientes e mostravam que a doença mexe com toda a família. Ozzy. Mas é a vida, é a vida. Fiquei a pensar se algum dia serei eu a tomar química nas veias e me perguntei quem estaria lá para me acompanhar. Quem seria essa pessoa mais jovem com olhar fatigado que estaria esperando o líquido descer para dentro de mim. Vixe, deixar de pensamentos sorumbáticos. Minha mãe está livre do câncer ao que tudo indica e isso é que merece ser lembrado e celebrado. O problema agora são os seus ossos. Espero que a medicina opere milagre nesse campo também. Mas no emocional, só terapia e quem sabe um pouco de psiquiatria. E quem sabe um pouco de geriatria. Sei lá. Não entendo nada dessas coisas. Só sei que terapia, se a pessoa se jogar de coração aberto e houver empatia com o/a terapeuta é uma coisa muito boa para a alma. Eu estou ainda ressabiado com terapia, mas me coloquei como meta fazer quando voltar da viagem no ano que vem. É porque me vejo bem e vivendo uma vida boa, por isso não sinto necessidade de terapia, mas, como minha tia disse, sempre é bom. Pode ser que esteja fazendo um bicho de sete cabeças e que seja bom para mim afinal voltar a essa modalidade de tratamento. Prefiro muito mais que o CAPS, acho que será muito mais produtivo também. Do CAPS estou saturado. Poucos, pouquíssimos fazem tratamentos tão longos quanto o meu lá, o ciclo é de nove meses, eu acho, não mais que um ano com certeza, e eu já estou lá há vários, não porque queira e ache válido, mas porque minha mãe vê como uma profissão em sua cabeça que não consegue ver que passo a minha vida a escrever e que esse é de fato o meu ofício. Ofício que faço com prazer e dedicação. Muitas vezes com enorme prazer, o que não está sendo o caso hoje. Espero que após a descoberta de que minha mãe lê o blog esfrie dentro de mim, eu reencontre o frame of mind para produzir de forma arrebatada aqui.

17h22. Fui comer umas bananas fritas que sobraram do café da manhã e dei de cara com dois sonhos de creme em cima da mesa. Supus que um era para mim e fui tirar a dúvida com mamãe. Ela ainda está ressabiada da conversa no almoço ou sou eu que ainda estou ressabiado e projeto nela a minha mágoa, não sei. Sei que a maioria das pessoas só valoriza quando perde, será que serei assim em relação à minha mãe ou haverá uma forma de resgatar a relação, de reconstruí-la de maneira mais equilibrada para mim? Estou tentando fazer isso, aliás tentei fazer isso um pouco no almoço e no sábado quando me recusei a dormir na hora que ela queria que eu fizesse, mas a resistência do outro lado é grande e me machuca por causa da chantagem emocional a qual sou muito suscetível. Será que não haverá outro caminho? Está calor no quarto, vou ligar um pouco o ar. 17h30. O quarto já está escuro por causa do dia que dá o seu último adeus e não quero ficar no escuro, não agora. Acendi a luz. Eu bem que podia jogar um videogame. Eu geralmente engulo tudo o que mamãe me joga, mas acho que está na hora de mostrar o meu descontentamento também. Ela não mostra todo o seu descontentamento comigo? Por que não posso mostrar o meu descontentamento com ela também? Agora eu tenho que valorizar o que ela faz de bom para mim e acho que valorizo. É verdade que não cito muito aqui, ou será que cito? Realmente nunca citei que geralmente ela me dá um copo de leite bem achocolatado, como gosto, na cama, para que eu tome o remédio da manhã.

18h10. Me perdi pela Amazon brasileira, que só vende eletrônicos. E e-books. Não vende Nintendo Switch. Pelo menos não achei. O preço não é mais barato que os que acho pelo Zoom ou Buscapé. Não há nada de interessante para quem vai em dezembro para os EUA. Olha eu contanto goga. Hahahaha. Estava pensando em descer para escrever, faz tempo que não faço isso, mas a preguiça me impede. Sexta, se meu amigo Marinheiro aparecer, desço com o computador e, se minha mãe estiver mais em paz comigo, com a caixinha de som dela. Em verdade queria ir hoje ao cinema com o meu amigo jurista, mas acho que não vai acontecer. Mil coisas passando na cabeça e não apreendo nenhuma. Estou sem saco para escrever no momento. 18h20.

18h25. Fui buscar Coca, peguei uma fatia de um minibolo de macaxeira que mamãe comprou e, por pura falta de alternativa ou iniciativa, volto para cá. Como as coisas que mamãe falam calam em mim, ela mencionou que às vezes trato aqui ela e meu padrasto como “o casal” e ela falou mal disso, como se não fossem parte da minha vida ou algo assim. Acabou por dizer que a casa era dela. Isso me atingiu e fico agora empulhado de tratá-los como o casal aqui. Não vou ficar, esse é o meu espaço e escrevo como me der na telha, se se sentir ofendido ou qualquer outra coisa de ruim, é muito simples, não leia. Quem me dera. Se bem conheço a minha mãe – e tenho isso dela – é pedir para não fazer para ela fazer mesmo. Hahahaha. Bom, bem-vinda, mãe, ao meu pequeno rol de leitores. Finalmente tocou uma do Mario Galaxy. É um som bom para escrever. Ainda tinha um tubo de líquido da Vaporfi aqui, não do chinês que uso comumente e o gosto é muito mais ativo, só não sei gosto de quê. Não é muito agradável, mas tem um cheiro bem ativo. Isso pode dar problema com o meu padrasto. O quarto agora está incensado desse odor, mas queria ver se o líquido da Vaporfi matava com mais eficiência a minha fissura por nicotina, o que acho que aconteceu. Pena ser o último e ter um gosto tão ruinzinho. Algo como baunilha e coco queimado. Ou café. Sei lá que sabor é esse e não diz na embalagem. Gosto do de cereja. Descobri que sou um grande apreciador do sabor da cereja, paladar infantil, eu suponho. É a berry que mais gosto. Nunca comi in natura, mas gosto de quase tudo que tem sabor cereja. Tenho ainda meio litro de líquido sabor cereja do chinês. Espero que demore para sair da validade. Vou abrir a janela, nem eu estou aguentando o cheiro no quarto. Gostava quando era fera no Mario Galaxy, o que definitivamente não sou agora. Eu pegava as coisas com a maior facilidade, era bom demais, divertido demais. Morri muitas e muitas vezes para ficar tão bom, mas valeu o esforço ou valia o esforço. Hoje não mais. Não sei se não gosto do Persona 4 pelos gráficos datados, porque não entrei ainda na história ou porque não gostei mesmo. Sinto que preciso dar uma chance a mais para o jogo antes de dispensá-lo. Estou muito no comecinho. Não enfrentei nenhuma batalha ainda. O misterioso assassinato agora que aconteceu na história, meu segundo dia no mundo do jogo e vou passar um ano nesse mundo. Os dias, obviamente, passam muito mais rápido no jogo que na vida. Alguns demoram mais que outros, já percebi. Pode ser que, com maior liberdade, o tempo passe de forma mais fluida, não pule da tarde para a noite, por exemplo, de acordo com a narrativa. Sei que já passei uma cantada de leve numa gatinha da minha classe. Pelo menos no jogo eu consigo fazer isso. Hahahaha. Parece que outras gatinhas vão surgir. E parece que eu posso optar qual eu vou paquerar, mas não tenho certeza disso. Preciso avançar no jogo para descobrir. Mas cadê a vontade? Talvez hoje eu assista “Wonder Woman”, mas, novamente, cadê a motivação? 18h58. E a única coisa que me preenche é a escrita e uma ou outra olhada na net. Ah, ontem fiz uma camisa com a Foto de Popeye que me agradou. Talvez tente outra hoje. Mas estou satisfeito com a que produzi. Fato é que gostaria de colocar as demais fotos dele sem ficar poluído o layout. Queria saber fazer um gif animado. Sei que o Photoshop me permite isso, mas não sei como fazer. Já soube, no Photoshop 4, eu acho. Era mais intuitivo. Esse que tenho não sei nem para onde vai, só sei fazer o básico do básico. E é uma ferramenta tão poderosa. Tempo eu tenho, não tenho interesse de cutucar em tudo. Não preciso cutucar em tudo. Não preciso de tudo o que o programa me oferece para levar uma vida agradável e feliz. Tenho o ZBrush que é um programa bem mais curioso e não uso. Não saber usá-lo também não impacta negativamente a minha qualidade de vida. Seria interessante, eu acho, se instantaneamente eu aprendesse a usá-lo, talvez tentasse fazer um boneco, mas não dou certeza disso. Pensando bem, nem sabendo o programa, eu investiria meu tempo nele. Mas gosto de tê-lo em meu computador. Como gosto de ter os games e a possibilidade de jogá-los mesmo que não jogue. Parece que me satisfaço com a possibilidade, o que sinceramente acho um tanto limitante. Mas jogá-los por obrigação é algo que não vou fazer, pois seria transformar uma diversão em trabalho, não faz sentido. Sentido faz o inverso, transformar trabalho em diversão. Que é exatamente o que acontece no Word. Me sinto trabalhando e ao mesmo tempo me divertindo à beça. Sem o Word minha vida seria quase sem sentido. Graças aos céus eu o possuo e tenho tempo para escrever esse besteirol nele. Não sei quase nada do Word, como talvez a imensa maioria dos usuários. Para mim, ele é uma máquina de escrever do futuro que salva o que está escrito, me permite reorganizar o texto como eu quiser, editá-lo e reeditá-lo a meu bel prazer. E bota negrito, itálico e sublinhado. Hahahaha. Sei um pouco mais que isso, mas não muito mais. O cheiro e o gosto do Vaporfi já estão me enjoando. Se mamãe entrar aqui vai ficar toda cheia de suspeitas. Coitada. Pelo menos será fácil de provar a origem do cheiro. Eu não posso é calhar de abrir a porta quando o meu padrasto estiver por perto. 19h41. Admito que gastei uma parte do tempo procurando porta-retratos digitais na Amazon americana e achei todos caros. Se tivesse um baratinho resolveria o meu problema de fotos. Nossa, já entro na quinta página de Word. Devagar se vai ao longe realmente. Agora está passando várias do Mario Galaxy. E muito The Cure que é o que mais tem na pasta. O que queria fazer agora? Uma entrevista onde eu seria o entrevistado. Por escrito, claro. Ou com a Gatinha. O gosto do líquido do Vaporfi é para lá de enjoativo, mas pelo menos me tirou completamente a vontade de fumar. É uma questão a ser levantada, comprar mais líquidos do Vaporfi para misturar com o chinês? Comprar um novo aparelho do Vaporfi já que perdi o meu outro (e já dei uma queda nesse)? E aí, mãe, o que você me diz? Eu não vou usar do meu dinheiro para comprar, pois, como você já sabe, eu não terei dinheiro para isso comprando o celular. Eu já enumerei mais de uma vez os 6 itens que eu vou comprar nos EUA e que consumirão todo o meu dinheiro:  O box “Björk(_surrounded)”, o “Bastards” de Björk, “Utopia” (adivinha de quem? Pois é) de Björk, o celular, o kit case + protetor de tela para o celular e o game Persona 5. Aí, com isso, voa praticamente todo o meu dinheiro. Por sinal, acho que escolhi o melhor case e protetor de tela e mesmo assim eles não são lá esses balaios todos, mas são o mais bem cotados na Amazon. Espero que funcionem. Se é que vai haver do celular ainda quando chegarmos lá, pois só restam 17 unidades segundo a Amazon. Espero que reponham o estoque até lá. Ou que ele não se esgote. E que não seja marmelada. Só tem 8 reviews.

21h29. Comi, não tudo o que poderia, mas o suficiente para me bater no bucho e me tirar a vontade de fazer qualquer coisa. Não sei nem se escrever rola. Acho que rola. Mamãe está falando melhor comigo, ainda bem. Está rolando uma batucada aqui numa das ruas de trás, maracatu. Nossa, o que comi agora só fez abrir meu apetite. Não sei por que, mas “Poses” de Rufus Wainwright me lembra Munique. Não sei, mas é uma boa correlação músico-geográfica. Hahahaha. 21h35. Acho que hoje à noite, para variar, vou me dedicar ao Vate. Preciso dizer coisas lá que não são para os olhinhos de vocês, eu acho. Veremos. Talvez continue aqui. Nada firmado ainda. Por que temos facetas que não gostamos de revelar a ninguém? Aliás, eu posso ser um caso isolado, mas acho difícil, acho que todos têm algo de secreto para consigo mesmos que não revelam a ninguém. Não sei se isso é verdade, posso ser só eu mesmo que não gosto de escancarar tudo para o público, por mais que já escancare bastante.

22h07. Estava acompanhando o meu box de Björk no eBay. Meu não, alguém pode dar um lance maior que o meu agora que o vendedor tirou o “compre agora”. Foi muito espertinho. Viu que era um item visado porque dei o lance logo no começo do leilão. Espero que ele esteja enganado e ninguém além de mim queira o produto com caixa danificada. Espero que ele mesmo não tenha lacrado a caixa de novo com plástico e esteja tudo detonado lá dentro e eu compre uma roubada dessas. Um vendedor com score 1 de mais de um ano. Com um nome de homem vendendo coisa de mulher. Muito estranho. Espero não ter me metido numa furada.

22h36. Estou tentando o contato para uma entrevista do meu blog de bonecos, mas está de rosca. Acho que os demais habitantes da casa se preparam para se entregar aos braços de morfeu. Eu também não tardo. Eu acho. Veremos. Dormi bem de ontem para hoje ou do comecinho de hoje para depois do meio de hoje. O gosto do líquido da Vaporfi é muito enjoativo, putz. E me é familiar. Não é possível que eu tenha caído na esparrela de comprar duas vezes o mesmo líquido. Só se estou enganado e o gosto já me impregnou a tal ponto de gerar familiaridade ou comprei em alguma promoção do site. Sinceramente não sei.

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15h28. Meu amigo Marinheiro, perguntou se era possível vir hoje, mas algo o impediu. Não sei o que e achei de bom tom não perguntar. Não gosto de me imiscuir assim na vida das pessoas. Ele deve ter tido suas razões. Rolou “Subterranean Homesick Alien” do Radiohead e agora rola uma do Mario Galaxy, acho que da fase de fantasmas. Agora veio Mallu. Mamãe quer que eu prepare linguiças para comer, mas não estou com fome, acordei agora há pouco e comi biscoitos logo que levantei. Minha mãe vai dar piti porque não comi, mas não vou me forçar a fazer uma coisa que não estou com a mínima vontade/necessidade de fazer. Ainda mais tenho medo de sujar a cozinha com óleo. Por que será que o Marinheiro não pôde vir? Preguiça ou mãe, ou trabalho? Não sei e não me cabe indagar. Deixei só a mensagem de que, quando pudesse, me desse o toque.

16h00. Esse negócio de fritar as linguiças me perturba, mas não vou fazer uma coisa que não quero comer, pelo menos agora, só para agradar a minha mãe. Ela que me perdoe, mas não faz sentido. Eu não estou com a mínima fome. Se fome eu tiver, linguiça eu faço, entretanto, não é o caso no momento. Em não sendo o caso, vou receber um rela, à toa, na minha opinião, por não ter feito o que minha mãe esperava de mim porque não me cabia. Minha vontade é voltar para dormir. Mas também não farei isso. É fazer por demais a minha vontade. E posso não dormir à noite, o que não quero. Outra do Mario Galaxy. Estou muito a fim de comprar o CD com a trilha original do jogo no eBay, orquestrada. Não é caro. Deixa eu ver se ganho o box de Björk primeiro. Emendou numa do Radiohead. Não estou muito animado hoje para a viagem aos EUA. Essa eu acho que vai ser pior que a outra, principalmente pelo clima e por não se ter uma Munique para passear. Não fora pelas bonecas e meu irmão... bom, esse é o clima, pensamento negativo, expectativas as piores possíveis que o que vier é lucro.

16h29. Gostei do filme da “Wonder Woman”. A atriz é muito carismática, adorável. E embora não seja uma grande atriz, cativa e é agradável vê-la na tela. A estória não é ruim e não me liguei para furos no roteiro. Acho que por não ser dark como os demais da DC, me agradou. Estava bem no clima de ver o filme ontem à noite. Tanto é que o assisti quase sem interrupções. Tenho intento de ver o resto de “Alien: Covenant” hoje. Espero que comece de onde parei. Se bem que não me lembro mais do começo. Minha mãe e as linguiças me voltam à mente e me perturbam. Não deveria ser assim. Acho que tem algo muito errado nesse quadro. Acredito que minha mãe deveria respeitar o meu apetite. E não quero fazer uma melequeira na cozinha limpa ontem pela fantástica faxineira. Estou gostando das duas músicas de “Glory” de Britney Spears que coloquei na lista 6. Eita “No Surprises” do Radiohead. O líquido da Vaporfi diluído com o chinês fica muito mais palatável. Preciso tomar banho. Minha mãe, novamente ela, me cobrou isso e isso acho válido. Vou lá tomar a minha chuveirada.

17h32. Banho tomado, cheiroso. Lembrei de uma canção, “I Remember You” do Skid Row, durante o banho e resolvi adicioná-la à minha lista 6 para deixá-la ainda mais eclética. E porque gosto da música, me traz memórias. Ouvindo “The Gate” agora. Estou muito curioso para ouvir o novo de Björk, “Utopia”, que será lançado em novembro. Trarei dos EUA, se tudo der certo. Mamãe está em teoria no médico que vai dar um direcionamento para como ela pode tratar da melhor forma dos ossos e articulações, que a estão machucando e debilitando bastante. Espero que traga boas notícias. Espero que haja alguma solução para as dores que ela agora carrega, especialmente no joelho e espero que ela não me descasque porque não fiz as linguiças. Desse último tenho pouca esperança, mas alguma ainda. Queria muito que ela achasse solução para os seus problemas físicos. E que depois se focasse nos problemas da cabeça. Sei que estes também a estão incomodando. 296 hits no meu post para o blog de bonecos, para a média de hoje em dia está ótimo. Talvez chegue a 300. Não é tão impossível. Acho que se fizer o do Spooktacular, evento anual da Sideshow que traz lançamentos, promoções, códigos de desconto e revelações, vou ter mais visualizações. O Swamp Thing certamente vai ser lançado nesse período. Talvez o Coringa da linha Gotham City Nightmare também apareça. Veremos. Mas desde já acho que minha coleção acaba na Red Sonja. Não gostei do acabamento envernizado brilhante que deram ao Swamp Thing. Acho que gostarei ainda menos do preço. Mas tudo isso só saberei com certeza quando do lançamento. Ouvindo uma das duas músicas do Infected Mushroom que coloquei na pasta 6. Minha mãe acaba de ligar dizendo que está na fila do McDonald’s e me trará o lanche que tem tudo o que eu quero. Mas que beleza. E eu que não estava com fome já sinto o meu estômago todo eufórico por receber esse, por assim dizer, alimento. Pedi uma novo Cheddar Rib Babercue ou coisa que valha, um Big Mac, uma torta de maçã e um milk-shake de chocolate. Delícia. Depois um cigarrinho de verdade para coroar. O famoso digestivo. Queria tomar Chartreuse verde como digestivo, mas acho isso uma impossibilidade. Mas é um sonho que acalento, ter uma garrafa do divino licor para bebericar depois da refeição principal do dia. É a bebida alcoólica mais deliciosa que já experimentei. E só serve em pequenas doses, não presta para se embriagar. Serve como um ótimo digestivo. É uma bebida divina que deve ser apreciada com moderação. Senão, prepare-se para a ressaca. E uma coisa que nunca mais quero ficar na vida é embriagado e ainda por cima ter ressaca. Não quero intoxicar o meu organismo dessa forma. Bom, quem sabe um dia, não tenha e tome diariamente um cálice de Chartreuse verde. Não custa nada sonhar. Aí sim, seria um senhor digestivo, tomar um Chartreuse verde fumando um cigarro. Uau. É a vida tem muitos prazeres. Esse, infelizmente, não sei se terei novamente. Gostaria muito, entretanto. Quem sabe da próxima vez que for a Munique? Quem sabe não tenha no Edeka? Hahahaha. Deve ser caro. Mas vale cada centavo. Obrigado, papai, por ter me apresentado essa delícia. Como tantas outras. Tantas que nem posso enumerar. Que pena o seu final de vida tão triste. Você merecia mais, mas não se permitiu. Especialmente na terapia. Lhe faria tão bem. Por você, quase chego a desejar que a estória de reencarnação seja verdadeira. Mas fica no quase, não quero ficar atrelado a quem sou por toda a eternidade. Por mais que queira, se esse delírio de Singularidade acontecer, me fundir a ela de forma temporal indefinida. Se for libertador e não escravizador, claro.

19h24. Minha mãe voltou com notícias não tão boas do médico. Está com os leucócitos extremamente baixos e isso impede qualquer tratamento para as juntas, precisa solucionar primeiro a parte da baixa imunidade. Pobre dela, chega está triste, parece realmente, como ela disse, que é saindo de um problema e entrando em outro, num ciclo sem fim. Parece até urucubaca. O lanche me deu um peso no estômago, uma sonolência.

19h40. Acho que vou tirar um cochilo. Aliás, quero muito tirar um cochilo, mas não vou, sob pena de chatear ainda mais você sabe quem. Mas estou quase deitando.

21h26. Deitei e dormi até 20h55. Pensei em emendar, mas achei que acordaria no meio da madrugada. Preferi então me levantar e ir dormir no meio da madrugada. Amanhã mamãe me acordará, espero que depois do meio-dia. Quem me dera deixasse eu dormir até quando meu corpo e minha mente pedissem.

1h19. Minha mãe (quem mais?) entrou no quarto e pediu para eu dormir, pois meu padrasto vai viajar e ela vai ficar sozinha em casa. Não é lá o argumento mais forte. Vou esperar o copo de Coca terminar e o quarto gelar para ir dormir. Escrevi até bastante no Desabafos do Vate hoje. Nada que possa vir para cá. Estou ouvindo uma versão de uma música do Mario Galaxy, muito doida, com uns vocais que afinam e desafinam. Essas músicas dão vontade de jogar Mario Galaxy. “Cigarettes And Cholate Milk” já me dá vontade de dormir. Quando acordar tenho que revisar e postar isso. Está ficando para lá de grande. Novembro não pode chegar soon enough. Estou ansioso para ouvir o novo de Björk, mas antes disso, semana que vem, vou ter que falar para mamãe da Red Sonja. Tomara que ela aceite. Eu quero muito esta que para mim é a Mona Lisa das estátuas. Tem um sorriso que é quase uma não-sorrir, muito misterioso e enigmático, uma expressão dificilmente replicada, foi um golpe de sorte do escultor, acima de qualquer intenção, na minha opinião. E é belíssima, me lembra, como já disse aqui, uma dama da arte nouveau. Preciso dela na minha coleção. O Swamp Thing vamos ver. É meu personagem favorito, junto com V de “V de Vingança”. Já foi um dia Batman. À época de “O Cavaleiro das Trevas” e “Batman: Ano Um”. Já foi o Demolidor na fase da “Queda de Murdock”, eu acho que é esse o nome do arco de histórias. E nenhum outro me tocou tanto quanto esses quatro. E desses quatro, nenhum me tocou mais que o Monstro do Pântano, quase, quase empatado com V. Mas V não daria um bom boneco, enquanto o Swamp Thing dá uma estátua maravilhosa, que foi o que a Sideshow fez. Só não gostei do acabamento brilhante por mais que entenda que é totalmente pertinente e dentro do contexto. Vamos ver. O Swamp Thing eu só compro depois de lançado. Não me importo com a sua versão exclusiva. E tem que haver um tempo para eu respirar dos gastos. E eu quero saber o tamanho da caixa que só revelam perto de lançar. Quero ver fotos do boneco tiradas pelos colecionadores etc. Preciso ter certeza que a estátua é fenomenal mesmo. Descobrirei o que é mais importante, preço dimensões e fotos de estúdio, inclusive com comparação de tamanho, na semana que vem quando vai ser certamente lançado. Mas uma coisa de cada vez, a semana que vem vai ser crucial para a Red Sonja. Por isso, mamãe, se estiver lendo isso, saiba que na semana que vem o meu código promocional ainda está valendo e é a última semana em que posso comprar a Red Sonja pelo maior número de parcelas possível, logo, pelas mensalidades mais baixas, pois as mensalidades começam em novembro e eu preciso dar o depósito no máximo no mês anterior, que é este que finda a semana que vem. Vou desligar o computador para me deitar. Não queria e queria ao mesmo tempo. Mas como o “queria” agradará muito mais a minha mãe, eu vou deitar. Boa noite, existência, você é miraculosa, fantástica, maravilhosa, pura mágica.

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15h46. Hoje, acordei tarde e fui direto almoçar, quando durmo bem assim não acordo com fome, então não comi muito. Só sei que a certa altura do campeonato mamãe disparou “ser mãe é uma merda”. Não poderia a meu ver existir maior crítica em relação a um filho que essa e isso me doeu profundamente. Ela pode ter sido levada pelo seu estado emocional depressivo por causa da sua situação de saúde e amplificado pelo vinho que percebi que estava bebendo. Mesmo assim, entendi a colocação “ser mãe é uma merda” como “é uma merda ter um filho como você” e isso me deixou meio para baixo. Será que ela preferia quando eu estava desgovernado na vida? Talvez sim, assim não precisaria olhar para o próprio umbigo e perceber que eu não sou a causa de todas as suas aflições. Eu estou resolvido à minha maneira, não causo mais problemas, até ajudo sempre que me é pedido, mas num esforço desesperado de achar causa outra para a mediocridade de sua existência tal como está dispara esse petardo contra mim. Minha resolução? Ligar para o meu irmão e pedir que ele ligue para ela, para ver se a anima. Ele diz que vai fazê-lo. Está fazendo agora. Espero que a anime e que a faça pensar que ser mãe não é uma merda tão grande assim, falando com o filho de ouro. Ela ainda, contra tudo o que foi sugerido, de evitar lugares de contágio, públicos, por conta dos leucócitos baixos, encasquetou que vai ao supermercado hoje. Eu tentei dissuadi-la da ideia, dizendo que meu padrasto iria ficar indignado se soubesse, que a recomendação médica era justamente evitar tais lugares, mas ela está decidida a ir. Que posso eu fazer? Espero que a conversa com meu irmão a anime mais e a dissuada de tais ousadias. Mas acho que não vai. Se ela for como eu (ou vice-versa) ela não vai desistir de uma ideia que já criou firme raiz na sua cabeça.

16h18. Minha mãe tenta falar com o meu irmão e fica cortando. Hahahaha. Parece que agora pegou de novo. Espero que ela dissipe essa ideia de que ser mãe é uma merda. Perceba que isso só se restrinja a mim. Chegou a essa conclusão porque eu estava sem fome no almoço que ela preparou para nós. Ou preparou para mim, ela diria. Esse é um típico exemplo de tempestade em copo d’água, começa por uma razão besta, aí vai rememorando um bando de situações ruins, vai acumulando uma nuvem de negatividade, catastrofizando uma situação absolutamente corriqueira, banal e despeja seus raios e trovões na cabeça do cidadão. Se ela visse o outro lado, o lado bom, que estou bem, que não estou em depressão ou internado por causa de abuso de cola, talvez, quem sabe quebrasse esse ciclo. Mamãe tece seu rosário de desgraças para o meu irmão, acho que desabafar essa negatividade vai lhe fazer bem, se o fato do telefone cortar não a deixar mais irada que desabafada. Hahahaha. Pelo menos eu tentei uma solução para o seu baixo astral. Fiz o que podia. Não liguei para a minha irmã porque é por volta de meia-noite na Alemanha e minha irmã dorme cedo. Minha mãe se enfureceu com o telefone cortando e meu irmão ficou de falar com ela amanhã. É muito provável esquecer. De repente, se eu me lembrar, ligo para ele. Ou mesmo para a minha irmã, se acordar mais cedo que hoje, o que acho difícil. Me perdi em pensamentos. Pensei na menina com quem troquei olhares numa das últimas vezes que fui à Casa Astral. O dia está acabando cedo ultimamente, são 16h49 e está já bastante escuro por aqui. Talvez seja impressão minha por causa da película que coloquei no vidro para proteger a pintura dos meus bonecos, ela escurece um pouco o quarto. Mas não muito. Talvez ainda ainda esteja acostumado com a Alemanha. Talvez, e essa é a hipótese mais provável, acordei muito tarde e o dia me parece mais curto. Preciso encher caçambas de gelo. Acabo de me lembrar que este post já está muito grande. Preciso revisá-lo e postá-lo, eu que faço quem me botou no mundo concluir que ser mãe é uma merda. Hahahaha. Me doeu. Ainda bem que não sou de guardar mágoas.

17h41. Faltam 31 minutos para acabar o leilão do box de Björk, achei que seria interessante botar o resultado de tal empreitada aqui. Vou botar mais Coca. O leilão sempre esquenta nos segundos finais. Pode ser que o meu lance seja superado. Espero que não. Ou sei lá. Não sei quando vou ter um sistema 5.1 para ouvir “Medúlla” como eu sempre sonhei. Ou “Vespertine”. Ou qualquer um dos outros discos do box, talvez menos o “Drawing Restraint 9”, é um disco muito hermético para mim. Já coloquei Coca. São 17h47 e faltam, vamos ver... 24 minutos. Posso dar muita sorte e levar pelo meu lance inicial, já que a caixa está detonada e o cara mesmo assim teve a ousadia de dizer que era “brand new”. Talvez as pessoas que comprem, comprem para revender e um com a caixa detonada não sirva para isso. Ou talvez não haja ninguém interessado no box hoje, o que seria massa. Mas não contarei com isso. Torcerei para o meu lance máximo cobrir os lances de terceiros, o que não creio, mas é o que me propus a gastar. Veremos dentro de alguns minutos, 20, para ser mais específico. Acaba hoje de 18h11 o leilão. São 17h53. Falta pouco. Eu já começo a ficar ansioso, receoso e querendo aumentar meu lance máximo. Tenho que manter a cabeça fria e não fazer nada, entregar à sorte. Leilões tem um frisson gostoso e ruim ao mesmo tempo. Acho que deve ser parecido com o dos jogos de azar. A vontade de aumentar o meu lance máximo em cinco dólares me acomete. Cinco dólares seria uma boa quantia, mas aí seria uma faca de dois gumes, pois se houver alguém observando, saberá que eu aumentei o lance, pois o preço não vai mudar e aparecerá outro lance, o que indica que eu aumentei o lance inicial, o que levará a outra pessoa a dar um lance mais alto que possa cobrir o meu no último segundo. Melhor deixar como está e deixar quem estiver olhando pensar que só dei um lance no valor mínimo. 11 minutos para o final do leilão. O tempo se arrasta nessas horas. Mas estou decidido, não vou aumentar o meu lance. É a melhor estratégia. Se perder, perdi. Se ganhar, maravilha. Se ganhar pelo lance mínimo melhor ainda. 9 minutos. O saco é que a coisa só se define nos últimos segundos, não dá nem tempo de dar um lance para cobrir. 8 minutos. É instigante participar de leilões do eBay. Gera adrenalina. 6 minutos, vou acompanhar o tempo que resta agora. Depois volto para dizer o resultado. 4 minutos. Me pego pensando no review de “Medúlla” do Pitchfork, muito ruinzinho. Gostei não. Voltar para lá. Acho que vim aqui só para o tempo passar mais rápido. Dois minutos. Nenhum outro lance ainda. Como disse, isso se decide nos últimos segundos. Ganhei! Pelo lance mínimo! Massa! Agora tenho os CD’s de Björk que mais gosto, em 5.1 para ouvir em algum lugar que tenha 5.1. Quem sabe o meu futuro quarto. Vou postar.

Objeto do leilão, espero que a única parte detonada seja essa em cima do código de barras.
Aparentemente está lacrado. Vamos torcer para que o conteúdo esteja intacto.

18h47. O Blogger está dando erro para publicar. Seria isso um sinal? Não sou supersticioso e não escrevi nada demais. Vou tentar pela sexta vez.

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